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Crime de 2023

Júri condena homem a 50 anos de prisão por matar a própria filha no Noroeste do PR

Redação Bonde com MPPR
02 ago 2024 às 18:12

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- Fábio Dias/EPR
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O Tribunal do Júri condenou a 50 anos e nove meses um homem de 27 anos denunciado pelo Ministério Público do Paraná pela morte da própria filha de quatro anos. O crime ocorreu em 12 de maio de 2023 e teria sido cometido para atingir a ex-mulher, mãe da criança, porque o réu não aceitava o fim do relacionamento.


Conforme a denúncia, o homem amarrou os pés e as mãos da vítima, torturou-a e matou-a por estrangulamento – o denunciado “fez questão de registrar a covarde execução da sua própria filha, e de enviar os áudios de toda a agonia da infante, e as fotos dela sofrendo e já morta para a genitora”, relata a peça acusatória.

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O Conselho de Sentença acolheu todas as teses do Ministério Público no julgamento, considerando as qualificadoras do feminicídio (crime em contexto de violência doméstica contra a mulher), motivo torpe, tortura, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e emprego de meio cruel (asfixia). 

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Ele foi condenado também por ocultação de cadáver, pois jogou o corpo da filha no rio Paranapanema, onde foi encontrado apenas no dia seguinte, a quatro metros de profundidade e a 12 metros da margem, e fraude processual, por ter tentado simular o próprio suicídio como se tivesse se jogado no mesmo rio.

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Ele “montou um cenário artificial para simular que teria praticado suicídio, eis que deixou seus chinelos às margens do rio, e, ainda, enviou mensagens de despedida para um amigo próximo [...], evadindo-se, então, para local ignorado – com o objetivo de induzir a todos em erro, sobretudo os peritos e investigadores”, descreve a denúncia.


O homem já estava preso e assim continuará para cumprimento da pena, não lhe tendo sido concedido o direito de recorrer da sentença em liberdade.


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