Por unanimidade, o Tribunal do Júri de Apucarana concluiu que José Carlos Sodré Júnior, 38 anos, não matou a pauladas Milton Borbolato, 43, em novembro de 2016 em um quiosque avenida Santos Dumont, na Vila Nova. O acusado estava preso há mais um de ano e, com a decisão dos jurados, terminará solto. Um amigo da vítima, encontrada com diversas agressões no rosto e cabeça, chamou a Polícia Militar.
Ele informou em depoimento que morava com Borbolato há seis meses. Um dia antes de supostamente ser assassinado, outros dois amigos combinaram um churrasco e saíram para comprar linguiças. Quando voltaram para casa, perto de 23h, o colega encontrou o homem dormindo, mas não deu muita atenção por achar que ele estava alcoolizado.
Na manhã seguinte, quando o relógio marcava 7h, o amigo acordou e convidou Borbolato para beber. Foi aí que percebeu o corpo do companheiro gelado e bastante machucado. A polícia localizou pedaços de madeira dentro do quiosque. O material, conforme a testemunha, ficava do lado de fora. Além disso, os PMs foram comunicados de que a única pessoa que costumava frequentar o espaço era José Carlos Júnior.
Ele foi preso em março de 2017 e denunciado pelo promotor Sérgio Migliari Salomão por homicídio qualificado. Em julho do mesmo ano, durante audiência no Fórum, o rapaz negou o crime e ainda acrescentou. "Não tenho nada a ver com isso. Não sei porque estão me acusando disso. Não conhecia esse tal de Milton e nem frequentava esse lugar (quiosque).
A advogada Maísa Dias Pimenta, defensora nomeada para cuidar do caso, argumentou que não havia qualquer prova que incriminasse o réu. A sentença de absolvição saiu no dia 5 deste mês, mas só foi publicada na última sexta-feira (15).