Na mesma decisão em que retirou a culpa de William Pereira Soares no assassinato de Kevin de Souza em junho de 2015 pela ausência de indícios, a juíza substituta da Vara Criminal de Cambé, Ana Paula Bekcer, optou em manter a prisão preventiva de Guilherme Bertha Alves de Miranda, acusado de matar o servidor com tiros de pistola 9mm no Jardim Novo Bandeirantes, em Cambé. Segundo a Polícia Civil, o rapaz teria sido convocado por Soares depois que este recebeu ordens de superiores do Primeiro Comando da Capital (PCC). A determinação era executar dois agentes que trabalhavam no Paraná.
Guilherme foi localizado horas após o homicídio pela Polícia Militar na zona norte de Londrina. Ele é morador do Conjunto José Giordano e vai permanecer preso na Casa de Custódia de Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba). A denúncia apresentada pelo Ministério Público narra que atirado contra Kevin na frente de sua casa. Ele também teria disparado contra a noiva e o pai da vítima, que saíram sem ferimentos pela falta de pontaria. "Eu não cometi esse crime. Estou sendo perseguido pela PM", afirmou, durante interrogatório, o acusado.
No dia em que Kevin foi morto, Guilherme alegou que "tinha acabado de chegar no estabelecimento e foi preso sem saber o motivo". Reforçou que "nunca teve trabalho lícito, sofreu várias abordagens e nunca teve nenhuma condenação na Justiça". Sobre William Pereira Soares, tido pela Polícia Civil como o mandante, o denunciado disse apenas "que conheceu ele na cadeia". As armas encontradas em uma residência não "seriam dele". O imóvel seria usado apenas para o tráfico de drogas. "Não tenho nenhum envolvimento com o PCC", concluiu.
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O Tribunal do Júri, ainda sem data definida para ocorrer, vai decidir o futuro de Guilherme.