O Instituto Médico Legal (IML) concluiu, na última quarta-feira (23), o laudo sobre a morte da estudante Aline Moreira, 18 anos, morta supostamente pelo padrasto. Os exames constataram que a jovem foi morta por um objeto semelhante a uma chave de roda, além de ter sido estuprada antes do óbito.
Aline morava na cidade de Mafra (SC) e pegou carona com o padrasto, José Ademir Radol, para ir à Curitiba no final de setembro. Ela foi dada como desaparecida e encontrada morta na cidade de Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com o delegado Sérgio Luiz Alves, da Delegacia de Rio Negro, o laudo do IML mostra que a jovem morreu por traumatismo cranioencefálico, causado por um objeto contundente, semelhante a chave de roda. "Os peritos também encontraram sêmen no corpo da jovem, na cavidade anal e vaginal, o que caracterizou o estupro", diz o delegado.
Os exames do IML não mudam as investigações do caso e, para o delegado, está confirmada a autoria do crime por parte do padrasto da jovem. O que pesa contra o acusado, que se matou na prisão depois que foi pego pela Polícia Civil, seriam as contradições do depoimento dele na comparação com o que foi constatado pela investigação.
"Ele disse que deixou a vítima às 6 horas na BR-116, mas duas testemunhas viram ambos juntos às 9 horas. Porém, a maior prova é que ele disse que teria perdido a chave do carro, mas a chave foi encontrada embaixo do corpo da jovem. A dívida é como a chave foi parar embaixo dela, mas essa é a prova definitiva contra ele".
Por causa do suicídio do homem na prisão, o delegado acredita que, após o encerramento das investigações, a Justiça deve arquivar o caso.