A Justiça condenou dois policiais militares acusados de “blindar” festas clandestinas durante a pandemia da Covid-19, em 2021, em Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina). O caso foi investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que ofereceu a denúncia à Vara de Auditoria Militar no mesmo ano.
Um dos réus foi condenado por prevaricação e corrupção passiva, com pena de 2 anos e 11 meses, que foi convertida em prestação de serviços à comunidade e multa de dez salários mínimos. O outro foi condenado a nove meses de detenção por prevaricação e corrupção passiva privilegiada, que também foram convertidos em multa de um salário mínimo. Os valores serão destinados ao Hospital do Câncer, de acordo com a sentença.
A dupla foi acusada de atuar para evitar a fiscalização de eventos clandestinos. À época, estavam em vigor decretos que determinavam medidas restritivas obrigatórias de enfrentamento à doença. O artigo 6° do Decreto n° 220/2021, por exemplo, destaca que estava “proibido, durante a vigência deste decreto, a realização de confraternizações, festas e churrascos em salões, chácaras e similares”.
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De acordo com o promotor Leandro Antunes, a situação veio à tona após a apreensão de celulares no âmbito da Operação Imperium, que investigava outros crimes em Ibiporã.
“Um dos integrantes dessa organização criminosa teve seu aparelho celular apreendido. E foi justamente analisando essas provas que nós verificamos e constatamos esses outros crimes que foram denunciados”, afirmou Antunes à FOLHA.
O promotor explicou que foram repassadas informações de que ocorriam diversas festas clandestinas na cidade, no auge da pandemia, e que “não existia uma coibição pela Polícia Militar”.
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