O reforço policial encaminhado pelo Estado do Paraná para Londrina, após os protestos da noite de segunda-feira (17) contra a morte de dois jovens durante uma abordagem policial no sábado (15), contra com o helicóptero Falcão 12, que oferece uma gama de ferramentas para identificação térmica e infravermelha de movimentação humana, farol de busca de alta potência e até zoom com capacidade de identificação de placas de veículos a partir do céu.
O patrulhamento aéreo é uma realidade em todo o Estado e helicópteros da PM (Polícia Militar) são frequentemente vistos sobrevoando Londrina. Entretanto, o Falcão 12 conta com equipamentos que tornam a viatura num verdadeiro “canivete suíço”.
Segundo o capitão da PM Guilherme Moser, a aeronave é equipada com diversas lentes e sensores, que auxiliam em diferentes situações. É o caso do Imageador termal, uma câmera com recursos como infravermelho, sensor térmico, sensor de baixa luminosidade e zoom digital. “Um suspeito que fugiu em uma região de mata no período noturno, por exemplo, nós conseguimos identificar por meio deste sensor e repassar essa informação para as viaturas em solo, para que possam fazer o cerco policial, enxergar e abordar essa pessoa foragida”, explica.
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Outro equipamento muito útil é o zoom (efeito de aproximação ou distanciamento de imagens) que possibilita identificar veículos e placas, mesmo a uma distância muito alta. “A aeronave possui essa possibilidade de alcance de zoom ampliado, para que a gente possa identificar essa placa, fazer a consulta e verificar se realmente se trata de um veículo suspeito ou não”, diz Moser.
O Falcão 12 também tem um farol de busca que auxilia no patrulhamento noturno, devido ao alto alcance, tanto em patrulhamentos preventivos, como os atualmente feitos em Londrina, como também em apoio a outras operações desenvolvidas. “O farol de busca auxilia bastante na capacidade de iluminação, provendo segurança e facilitando muito o trabalho das equipes em solo”, afirma o capitão.
Outros diferenciais são o alto-falante externo, que possibilita emitir comandos verbais, como em abordagem policial executada por uma viatura terrestre, de modo a dar ordens a uma pessoa em uma condição de suspeição até a chegada de uma viatura policial.
De acordo com o capitão Bruno Nagata, o Falcão 12 também permite uma operação de comando integrado com base em solo, enviando um link aos comandantes ou às equipes que permite o acompanhamento, em tempo real, da ocorrência. “Esse link pode ser acessado no celular, em computador ou em centros integrados de comando e controle”, explica.
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