A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito nesta segunda-feira (27) para investigar um grupo de amigos de Catanduva que publicou um vídeo nas redes sociais imitando o gesto supostamente nazista feito pelo bilionário Elon Musk.
Os 10 homens aparecem estendendo as mãos para cima. O vídeo foi publicado na última quinta-feira (23) nos stories do Instagram de um deles, que apagou a gravação no dia seguinte após a repercussão.
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O caso é investigado como apologia ao crime pelo 4º DP de Catanduva. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), as investigações prosseguem para identificar os autores e esclarecer os fatos.
O inquérito foi aberto depois de um pedido do Ministério Público. O órgão informou em nota que recebeu denúncias relacionadas ao vídeo e solicitou instauração de inquérito policial.
GESTO FOI PARA IRONIZAR MUSK, SEGUNDO GRUPO
Os acusados informaram ao UOL que o vídeo foi gravado durante uma reunião de amigos. Eles explicaram que, no momento, conversavam sobre a posse de Donald Trump e os decretos por ele assinados, que foram considerados por eles ''desproporcionais e com sérios impactos ao planeta''.
Gravação foi feita para ironizar o gesto de Musk, segundo eles. Em nota, o grupo disse que a explicação dada pelo magnata foi de que a saudação queria dizer algo como ''receba o meu coração''. Como um dos amigos não estava presente, enviaram um vídeo a ele com o mesmo gesto.
Homens afirmaram estar recebendo ameaças de morte. ''Não temos e jamais tivemos qualquer relação com grupos ou ideologias extremistas e supremacistas. A história das nossas relações pessoais e profissionais sempre foram pautadas pelo respeito à diversidade, seja ela racial, religiosa, ideológica, sexual ou de gênero'', argumentam.
Em nota, eles pediram perdão pelo ''mal entendido''. ''O vídeo não foi feito com intenções políticas ou ideológica, mas apenas como forma de interagir com o nosso amigo faltante do encontro. Porém, reconhecemos que a forma da interação com o nosso amigo foi infeliz e a publicação ficou descontextualizada'', disseram.