O núcleo de Londrina do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MPPR (Ministério Público do Paraná), deflagrou nesta quinta-feira (6) a segunda fase da Operação Passiflora, com o cumprimento de 16 mandados judiciais — sendo sete de prisão temporária e nove de busca e apreensão — em quatro estados. A ação mira uma organização criminosa armada suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas de fogo.
A investigação é um desdobramento da prisão do líder do grupo, realizada em 2024. O homem, já investigado por participação no assalto ao Banco Central de Fortaleza, utilizava documentos falsos e possuía seis celulares apreendidos no momento da captura.
A análise judicial dos aparelhos revelou indícios de que o suspeito comandava uma estrutura criminosa complexa, com ramificações em diversos estados do país. Segundo o Gaeco, o grupo traficava grandes quantidades de drogas, incluindo carregamentos de toneladas escondidas em caixas de frutas, e também negociava armas de fogo de grosso calibre, como fuzis. As investigações apontam ainda vínculos com facções criminosas de alcance nacional.
Os mandados, expedidos pela 5ª Vara Criminal de Londrina, foram cumpridos em Londrina, Piraquara e Cianorte (Paraná); Contagem e São Joaquim das Bicas (Minas Gerais); Anápolis (Goiás) e Dom Basílio e Barreiras (Bahia). Os alvos desempenhavam funções ligadas à logística, transporte, armazenamento e gerência financeira da organização.
A operação é fruto de um trabalho conjunto entre o Gaeco de Londrina e a Agência Regional de Inteligência do 2º Comando Regional da Polícia Militar, com apoio dos Gaecos de Minas Gerais, Goiás e Bahia, além da Polícia Militar baiana.