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Operação Protodes

Entenda as frentes de investigação de policiais suspeitos de envolvimento com PCC

Folhapress
17 jan 2025 às 15:03

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Governo do Estado de São Paulo/Agência Brasil
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A Operação Protodes prendeu, nesta quinta-feira (16), 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Um deles também é suspeito de participação direta na morte de Antônio Vinícius Gritzbach, 38.

Delator da facção criminosa, Gritzbach foi assassinado a tiros em uma área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em novembro do ano passado.

O PM suspeito de ser um dos atiradores é o cabo Dênis Antônio Martins, 40. Ele foi preso segundo o artigo 150 do Código da Penal Militar -organização de militares para prática de violência.

Procurada, a defesa dele afirmou por telefone que todo o posicionamento será feito no processo, por se tratar de um caso em segredo de Justiça.

Já os outros 14 PMs foram presos por suspeita de prestarem serviço de segurança ilegal a Gritzbach. Segundo a Corregedoria, os policiais sabiam do envolvimento dele com uma facção criminosa e, mesmo assim, faziam a segurança dele, além de fornecer informações sigilosas para membros da facção.
Veja o que já se sabe sobre o caso.

A MORTE DE GRITZBACH

Antônio Vinicius Gritzbach retornava de uma viagem a Alagoas quando foi morto a tiros no aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 8 de novembro.

Conforme mostram imagens do ataque, ele havia acabado de deixar a área de desembarque do terminal 2 do aeroporto quando homens encapuzados saíram de um Volkswagen Gol preto e atiraram contra o empresário.

Os disparos foram feitos perto do portão, em meio à circulação de outros passageiros. Os atiradores entraram no carro e fugiram.

Na ocasião, cinco policiais militares participavam do trabalho de escolta de Gritzbach. Eles foram contratados de maneira particular pelo empresário, que não tinha segurança oficial.

MOTIVAÇÃO PARA O ASSASSINATO

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o empresário e delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) tenha sido assassinado em decorrência da delação premiada realizada por ele junto ao Ministério Público.

Gritzbach, ligado à facção criminosa, teria se envolvido numa série de problemas com o grupo. Ele era suspeito de ter mandado matar dois integrantes da facção. A delação ocorreu oito dias antes de ele ser baleado.

De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (departamento de homicídios), a delação de Gritzbach expôs muitas pessoas, além de atingir diretamente esquemas de empresas de ônibus que passaram a ser investigadas.

Segundo ela, Gritzbach expôs "todo um esquema de corrupção", aponta "policiais vendidos" e "dá nome aos donos do PCC, que fazem a lavagem de dinheiro".

INVESTIGAÇÕES DA CORREGEDORIA DA PM

Um inquérito da Corregedoria da Polícia Militar paulista aponta suspeitos de passar informações privilegiadas à cúpula do PCC. Entre eles estariam homens com passagem pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da PM que realiza diversas ações de combate ao crime organizado, e de outros batalhões.

A investigação começou em abril de 2024, oito meses antes do assassinato do delator, com o recebimento de uma denúncia anônima na Corregedoria, que apontava que policiais militares faziam segurança particular para Gritzbach.

Os agentes são suspeitos de vazar informações de operações e investigações para a alta cúpula da facção.
O inquérito foi aberto formalmente em outubro do ano passado, após o órgão receber uma denúncia sobre o conluio de policiais com o PCC.

Segundo a investigação, haveria dois núcleos na PM associados ao PCC. Um deles seria de integrantes da Rota e outro de policiais de outras unidades da corporação.

No caso dos agentes da Rota, a investigação ressalta que eles integravam a agência de inteligência do batalhão e "tiveram acesso às informações sigilosas de operações policiais em andamento".

A investigação diz que os policiais forneciam dados como horários de saídas das equipes, trajeto de viaturas e até detalhes sobre inquéritos em andamento. Isso "permitia aos criminosos planejarem suas atividades de forma a evitar serem pegos pelas forças de segurança", segundo o órgão da PM.

No ofício da Corregedoria, que traz o resumo das investigações, há menção a dois PMs que integravam a escolta particular de Gritzbach. O documento não diz se eles estavam entre os PMs que passariam informações a criminosos.

Dois sargentos com passagem pela Rota também teriam trabalhado, de forma irregular, na empresa de ônibus Transwolff -investigada na operação Fim da Linha por suspeita de envolvimento com o PCC.

INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL

Apontado como sendo um dos atiradores que mataram Gritzbach, o cabo Dênis Antônio Martins também é investigado pela Polícia Civil. A apuração do assassinato é conduzida por uma força-tarefa que acompanha as investigações do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

O grupo é coordenado pelo secretário-executivo da SSP, delegado Osvaldo Nico Gonçalves e tem a participação de Ivalda Aleixo, delegada do DHPP.

Ainda em novembro, o grupo identificou o primeiro suspeito de participar do ataque -Kauê do Amaral Coelho, 29, que teria atuado como um "olheiro".

Imagens das câmeras de segurança do aeroporto mostram Kauê atravessando o saguão da área de desembarque do Terminal 2, logo após Gritzbach passar pelo mesmo local. A polícia diz que ele aparece nas imagens apontando a localização do alvo para os homens que o aguardavam num Volkswagen Gol preto. Os atiradores souberam o momento exato para descer do carro e pegar o alvo de frente.

Kauê foi preso por tráfico de drogas em 2022. Ele também é acusado de desacato a um agente de trânsito. A investigação do caso afirma que ele era membro da facção criminosa com base nessa última ocorrência: Kauê teria citado sua filiação ao PCC em meio às ameaças.

Ele está foragido.

Nesta quinta, a polícia prendeu em Itaquera, na zona leste da capital, uma suposta namorada dele. Ela nega a relação, mas afirmou tê-lo conhecido em uma festa.

A Polícia Civil crê que a mulher tenha auxiliado na fuga do homem para o Rio de Janeiro. Em depoimento, ela confirmou que o procurado ligou para ela diversas vezes através de números de telefone diferentes.

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