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GOLPE NOS CONDOMÍNIOS

Desvio de funcionária em escritório da Palhano pode chegar a R$ 2 milhões

Bruno Souza e Heloísa Gonçalves - Redação Bonde
29 ago 2025 às 18:47

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Foto: PCPR
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Uma funcionária de 39 anos e o marido foram presos na tarde de segunda-feira (25) suspeitos de desviar cerca de R$ 1 milhão de um escritório de contabilidade localizado em um edifício comercial da avenida Ayrton Senna da Silva, na Gleba Palhano (Zona Sul). Segundo o dono da empresa, entretanto, a estimativa é de que o valor desviado possa chegar aos R$ 2 milhões.

De acordo com o BO (Boletim de Ocorrência) lavrado pela Polícia Civil, a suspeita trabalhava como assistente administrativa há um ano no escritório. Durante uma reunião para apresentação de relatórios financeiros de condomínios administrados pela empresa, ela teria demonstrado nervosismo e dificuldade em entregar os documentos.

Ao verificar os registros, colegas de trabalho e o proprietário descobriram que ela estaria fazendo transferências bancárias ilegais da empresa para contas pessoais, incluindo a do marido. 

Ainda conforme o boletim, após ser confrontada, a mulher confessou que vinha desviando valores desde janeiro de 2025. Para ocultar os crimes, ela também teria fraudado documentações internas do escritório. A funcionária recebeu voz de prisão e foi encaminhada à Central de Flagrantes, mas, no dia seguinte foi liberada.  

Segundo dados do boletim de ocorrência,  o salário da funcionária era de R$ 2.500 mensais, porém, ostentava um veículo e eletrodomésticos caros em um perfil que foi deletado. A mulher também legendou um vídeo com “um dia tudo isso aqui foi um sonho. Hoje é realidade. Obrigada meu Deus” [sic], em que mostrava um fogão, uma geladeira e uma máquina de lavar roupas de alto padrão. Em outro registro, exibiu uma máquina de lavar louças, contando que o custo foi de R$ 4.500, e em um terceiro, imagens dela dirigindo uma caminhonete. Seu esposo está desempregado há oito meses e estaria se dedicando a carreira de ator e ao cuidado do filho do casal, que tem 14 anos.


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O celular da mulher, que custa de R$ 9 mil a R$ 10 mil, foi apreendido, assim como o do marido, que vale de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Na Central de Flagrantes, o casal optou por permanecer calado. Ambos passaram a noite de segunda nos setores de carceragem temporária das cadeias, com a soltura permitida já no dia seguinte.


'Valor desviado pode chegar a R$ 2 milhões'

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Segundo o proprietário da empresa, que não quis se identificar, a mulher até então nunca havia levantado suspeitas dos desvios. Ela era a supervisora de 15 dos 44 condomínios que o escritório gerencia. "Ela começou a trabalhar aqui por volta de agosto de 2024. Até janeiro, aparentemente estava tudo certo e ela foi pegando a minha confiança e demonstrando ser uma boa funcionária. A partir de fevereiro ou março foi quando esses desvios começaram. Ela trazia os relatórios impressos, mas jamais passou pela minha cabeça que esses documentos poderiam ser falsificados. Ela adulterava os extratos bancários e conseguia fazer um trabalho muito bem feito, igual de quadrilha mesmo."

No dia em que a mulher foi presa pela Polícia Civil, o proprietário, já desconfiado, observou, por meio das câmeras de segurança, que a suspeita ficou no escritório após o fim do expediente. A atitude motivou uma prestação de contas, momento em que ela teria confessado o crime.  "Todos tinham ido embora. Eu olhei pela câmera e só ela ficou no escritório. Ela me ligou falando que estava esperando o pagamento de um condomínio, mas a síndica ainda estava confirmando o valor. Eu cheguei ao escritório e pedi a checagem dos documentos. Havia o pagamento de vários pix para uma pessoa só, o marido dela. Ela confirmou o desvio, porque não tinha as notas dos quase R$ 10 mil enviados só naquele dia", explica.

De acordo com o empresário lesado, o balanço total do dinheiro furtado deve ser concluído em até cinco meses. Para ele, o montante desviado não deve ser inferior a R$ 1,2 milhão e pode chegar a R$ 2 milhões. Agora, ele busca alternativas para contornar a "crise" que se instaurou em seu negócio.

"Estou na luta, chamando os meus clientes para conversar. Graças a Deus estou conseguindo fazer acordo, porque não posso deixá-los lesados também. Preciso juntar mais provas para fazer um novo pedido de prisão", completa o empresário.

Defesa


Conforme o advogado de defesa do casal, Pedro Rodrigues, “a questão da confissão foi o que o proprietário da empresa alega ter acontecido dentro da empresa, que ela confessou pra ele, mas para autoridade policial ou judiciária não houve nenhum tipo de confissão”. Sobre a opção de recusar a pronúncia durante o interrogatório na Central de Flagrantes, completou que “não teve audiência de custódia, então eles não tiveram oportunidade de ter acesso ao judiciário ainda e na delegacia ficaram em silêncio”.

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O advogado explicou que as audiências não ocorreram por problemas externos e organizacionais “do presídio e do sistema judiciário, não é nenhum motivo ligado aos acusados”.


Ainda não houve acusação formal por parte do MPPR (Ministério Público do Paraná), e assim, a defesa “aguarda os próximos desdobramentos da investigação para ver se vai aparecer mais algo”. A partir da denúncia do órgão será possível traçar uma estratégia, informou Rodrigues, “até porque, acredito que seja difícil, mas pode acontecer um arquivamento do inquérito policial e não ter mais nada no processo”.

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O advogado disse ainda que “a defesa não teve acesso à totalidade do que foi produzido, o inquérito policial ainda está em andamento e vamos nos manifestar sobre o caso apenas nos autos em momento oportuno”.


A reportagem entrou em contato com a PCPR para atestar o andamento da investigação. Até o momento da publicação do texto, não houve retorno.

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Medidas Cautelares


Como a funcionária e seu esposo tiveram a liberdade provisória concedida, devem obedecer medidas cautelares sob pena de revogação do benefício. Por decisão da 2ª Vara Criminal do TJPR (Tribunal de Justiça do Estado do Paraná), precisam comparecer mensalmente ao Juízo criminal para informar e justificar suas atividades; estão proibidos de se ausentar de Londrina por mais de 10 dias, sem autorização judicial; e não podem mudar de endereço sem comunicar ao Juízo.

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