Segundo dados do boletim de ocorrência, o salário da funcionária era de R$ 2.500 mensais, porém, ostentava um veículo e eletrodomésticos caros em um perfil que foi deletado. A mulher também legendou um vídeo com “um dia tudo isso aqui foi um sonho. Hoje é realidade. Obrigada meu Deus” [sic], em que mostrava um fogão, uma geladeira e uma máquina de lavar roupas de alto padrão. Em outro registro, exibiu uma máquina de lavar louças, contando que o custo foi de R$ 4.500, e em um terceiro, imagens dela dirigindo uma caminhonete. Seu esposo está desempregado há oito meses e estaria se dedicando a carreira de ator e ao cuidado do filho do casal, que tem 14 anos.
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O celular da mulher, que custa de R$ 9 mil a R$ 10 mil, foi apreendido, assim como o do marido, que vale de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Na Central de Flagrantes, o casal optou por permanecer calado. Ambos passaram a noite de segunda nos setores de carceragem temporária das cadeias, com a soltura permitida já no dia seguinte.
'Valor desviado pode chegar a R$ 2 milhões'
Defesa
Conforme o advogado de defesa do casal, Pedro Rodrigues, “a questão da confissão foi o que o proprietário da empresa alega ter acontecido dentro da empresa, que ela confessou pra ele, mas para autoridade policial ou judiciária não houve nenhum tipo de confissão”. Sobre a opção de recusar a pronúncia durante o interrogatório na Central de Flagrantes, completou que “não teve audiência de custódia, então eles não tiveram oportunidade de ter acesso ao judiciário ainda e na delegacia ficaram em silêncio”.
O advogado explicou que as audiências não ocorreram por problemas externos e organizacionais “do presídio e do sistema judiciário, não é nenhum motivo ligado aos acusados”.
Ainda não houve acusação formal por parte do MPPR (Ministério Público do Paraná), e assim, a defesa “aguarda os próximos desdobramentos da investigação para ver se vai aparecer mais algo”. A partir da denúncia do órgão será possível traçar uma estratégia, informou Rodrigues, “até porque, acredito que seja difícil, mas pode acontecer um arquivamento do inquérito policial e não ter mais nada no processo”.
O advogado disse ainda que “a defesa não teve acesso à totalidade do que foi produzido, o inquérito policial ainda está em andamento e vamos nos manifestar sobre o caso apenas nos autos em momento oportuno”.
A reportagem entrou em contato com a PCPR para atestar o andamento da investigação. Até o momento da publicação do texto, não houve retorno.
Medidas Cautelares
Como a funcionária e seu esposo tiveram a liberdade provisória concedida, devem obedecer medidas cautelares sob pena de revogação do benefício. Por decisão da 2ª Vara Criminal do TJPR (Tribunal de Justiça do Estado do Paraná), precisam comparecer mensalmente ao Juízo criminal para informar e justificar suas atividades; estão proibidos de se ausentar de Londrina por mais de 10 dias, sem autorização judicial; e não podem mudar de endereço sem comunicar ao Juízo.
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