Polícia

Delegado, investigador, detento e parente prestam depoimento no julgamento de 'Zoza'

17 ago 2017 às 15:14

O delegado Paulo Henrique Costa, o investigador Cláudio Santana, o detento Leandro Dallbello foram os primeiros a prestar depoimento no julgamento de 'Zoza', no Tribunal do Júri de Londrina, nesta quinta-feira (17). Um parente do réu arrolado como testemunha de defesa começou a falar por volta das 13h20.

Edson dos Santos Rodrigues, mais conhecido como 'Zoza', é julgado sob a acusação de ter mandado matar cinco pessoas, entre 2011 e 2012. Ele responde a essa acusação juntamente de mais quatro pessoas. De acordo com o Ministério Público (MP), quatro das cinco vítimas morreram. O único sobrevivente é o detento Leandro Dallbello, que cumpre pena em Carazinho, no interior do Rio Grande do Sul.


Segundo a Polícia Civil, 'Zoza' ordenou os assassinatos de dentro da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). Atualmente ele está detido no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.


Julgamento


O delegado Paulo Henrique Costa, que comandava o setor de Homicídios da 10ª Subdivisão Policial (10º SDP), na época em que 'Zoza' teria ordenado a morte de cinco pessoas, foi o primeiro a depor nesta quinta-feira (17).


O delegado afirmou que a primeira vítima, identificada como Josuel Alves, o 'Pepeu', era comparsa de 'Zoza' no tráfico. Segundo ele, 'Pepeu' ficou incumbido de entregar R$ 160 mil para outro traficante. No entanto, a Polícia Militar (PM) apreendeu o dinheiro durante uma abordagem na BR-369, na saída para Ibiporã.


Conforme o delegado, mesmo preso, 'Zoza' ficou sabendo que a transferência foi malsucedida e ordenou a morte de Josuel Alves.


O último assassinato foi de José Carlos Vieira. Segundo o delegado, ele prestou depoimento durante uma tarde inteira na Delegacia de Homicídios. Na ocasião, confirmou aos investigadores que estaria sendo ameaçado pelos comparsas de 'Zoza'. Costa reiterou que chegou a oferecer proteção policial à Vieira, o que foi recusado. Na madrugada seguinte, ele foi morto com vários disparos de arma de fogo em sua residência.


O investigador Cláudio Santana, lotado na época na Delegacia de Homicídios, foi o segundo a prestar esclarecimentos no julgamento. Depois, o único sobrevivente da série de ataques, o detento Leandro Dalbello, disse que conhecia 'Zoza' apenas de vista porque moravam no mesmo bairro, o Jardim Nossa Senhora da Paz.


Dalbello também afirmou que não tem nenhum envolvimento com os demais réus. Ele estava no mesmo carro que Josuel Alves, o primeiro a ser assassinado. No depoimento, Dalbello reiterou que duas pessoas passaram de moto atirando. Ele avaliou que "mesmo preso, continua recebendo ameaças da polícia". "Nunca tive desavença com o 'Zoza'."


Um parente de Zoza, arrolado como testemunha de defesa, começou a falar por volta das 13h20. O júri não parou para o almoço.


(Com informações do repórter Rafael Machado do Grupo Folha)

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