Um dos criminosos envolvidos no sequestro de Patrícia Abravanel, filha do apresentador Silvio Santos, em 2001, foi preso novamente nesta quarta-feira (21) em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
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Um dos criminosos envolvidos no sequestro de Patrícia foi preso com outro homem. A dupla foi detida por policiais do 32º DP (Itaquera) pelos crimes de jogos de azar, tráfico e associação ao tráfico de drogas. Os nomes deles não foram divulgados até o momento.
Homens foram flagrados pelos agentes vendendo drogas. Durante a ação, os agentes localizaram um bar dentro de um imóvel, onde foram achadas máquinas caça-níqueis.
Prisão foi confirmada à reportagem pela SSP-SP. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a ocorrência está em andamento e mais detalhes serão repassados após o término do registro do boletim de ocorrência.
A reportagem não encontrou a defesa dos envolvidos para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
SEQUESTRO DE PATRÍCIA E SILVIO
Patrícia Abravanel, filha de Silvio com Íris, passou cerca de uma semana mantida em cativeiro por criminosos em 2001. A apresentadora foi liberada pelo sequestrador Fernando Dutra Pinto, após o pagamento de resgate no valor de R$ 500 mil.
Fernando conseguiu fugir e dois dos sequestradores (Marcelo Batista Santos e Esdras Dutra Pinto) foram presos após a libertação de Patrícia. Ao lado da namorada, Jennifer, Fernando invadiu a mansão do dono do SBT em 30 de agosto de 2001, e manteve o empresário refém por cerca de 8 horas. A esposa e as filhas dele também foram feitas de reféns, além de funcionários da casa.
Sequestrador disse ter feito Silvio refém por medo de ser morto pela polícia. Fernando exigiu um helicóptero para a fuga e se recusava em negociar com a polícia. Primeiro, o criminoso libertou Íris, depois as filhas e os funcionários, mantendo apenas o apresentador sob seu domínio.
Negociações para libertar Silvio foram transmitidas ao vivo pela TV. Depois de 8 horas mantendo o dono do SBT refém, Fernando concordou em libertar o empresário e se entregar graças a intervenção do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que garantiu sua integridade física.
Fernando morreu quatro meses depois, em uma penitenciária de São Paulo. Ele teve uma parada cardiorrespiratória decorrente de pneumonia bacteriana.
No entanto, segundo relatório da ONG Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, ele sofreu tortura e negligência médica. Fernando teria sido agredido por agentes penitenciários, lesionando o ombro. Ainda chegou a sofrer outras agressões e banhos de água fria.
Em abril de 2003, a polícia prendeu Marcos Bezerra Santos, irmão de Marcelo. Marcos foi o único da quadrilha que ficou foragido após o sequestro.