Na manhã desta quarta-feira (2), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de Apucarana tentavam resgatar dois corpos que foram jogados dentro de um poço no Parque Bela Vista. Um homem, que saiu da prisão na terça-feira (1º), foi detido por possível envolvimento no caso. A suspeita é que um dos corpos seja de uma mulher de 25 anos, desaparecida desde o dia anterior.
Segundo o delegado-chefe de Apucarana, José Aparecido Jacovós, a denúncia recebida pela madrugada era de que dois homens desenterrariam corpos em um cafezal e, em seguida, ateariam fogo neles. Em patrulhamento, os policiais civis encontraram o local com pneus e espuma embebida em líquido inflamável. Próximo, detectaram terra removida. "Tudo isso indica que houve a movimentação, conforme a denúncia", afirma.
Ainda de acordo com ele, duas pessoas teriam fugido do local devido à movimentação policial, correndo para os fundos de um ferro velho onde há um poço. A Polícia Militar (PM) foi acionada e encontrou o egresso do sistema prisional andando com uma carriola. "Ele foi detido para que possamos perguntar para ele o que fazia com uma carriola na rua, no meio da madrugada", justifica o delegado. O homem detido reside próximo ao cafezal indicado na denúncia.
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Na manhã desta quarta, os bombeiros identificaram um braço dentro do poço e um corpo começou a ser retirado por volta das 9h45. A suspeita é de que a vítima seja uma mulher de 25 anos, que seria usuária de drogas adquiridas de vendedores da região do cafezal. A mãe da vítima denunciou o desaparecimento para a Polícia Civil na terça-feira.
Além do Corpo de Bombeiros e da PM, peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) de Londrina foram acionados e estavam no local durante a manhã. O caso também atraiu a atenção de curiosos.
DNA deve identificar os corpos
Há a suspeita de que os corpos sejam de Arislian Glenda Lemos, 24 anos, e Valdecir Gonçalves, de 52. Ambos estariam desaparecidos há mais de um mês. Porém a polícia não confirma as informações.
Mesmo separados dos corpos, cabeças e outros membros também foram encontrados e levados ao Instituto Médico-Legal de Apucarana (IML). Porém não foi possível fazer o reconhecimento devido ao avançado estado de decomposição.
De acordo com o IML, não há condições de qualquer reconhecimento: facial ou datiloscópico. Nem mesmo os supostos parentes tiveram condições de afirmar com precisão. O IML afirmou que amostras biológicas de familiares e vítimas serão confrontadas em exames de DNA, único meio capaz de identificá-los. Não há previsão para a divulgação do resultado dos exames.
(Com informações do repórter Paulo Monteiro do jornal NossoDia)
(Atualizada às 19h20)