O adolescente de 16 anos baleado na manhã desta segunda-feira (19) no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, no centro de Cambé (Região Metropolitana de Londrina), permanecia em estado gravíssimo até as 17h40. Ele permanece internado no PS (Pronto-Socorro) do HU (Hospital Universitário) de Londrina. A namorada dele, a estudante Karoline Verri Alves, morreu no atentado.
Segundo nota da direção do HU, apesar da necessidade de implantação de um cateter para monitorar a pressão intracraniana, seu quadro de extrema instabilidade impede que ele seja transportado para o bloco cirúrgico da instituição, por risco de alteração nos parâmetros vitais.
O paciente iniciou o tratamento com antibióticos e tomou vacinas contra a difteria e tétano, além do uso de medicamento vasodilatador para manutenção dos níveis de pressão arterial e transfusão sanguínea.
Ele permanece na sala de emergência do PS e necessita de auxílio para respirar. Está sedado e sendo monitorizado, enquanto os exames necessários são feitos e é assistido ininterruptamente por uma equipe multiprofissional.
O adolescente e sua namorada foram atingidos por disparos efetuados por um ex-aluno do colégio, que adentrou no recinto com a desculpa de obter documentos. Ele foi preso e encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil em Londrina.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda, o secretário de Segurança pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, disse que o rapaz afirmou, em interrogatório, que não conhecia os adolescentes atingidos e que seu objetivo era fazer o maior número de vítimas com a mesma idade que tinha quando era alvo de bullying no colégio.
Ele ainda teria informado que às autoridades que planejava o atentado desde 2020.