Depois de dois meses, Ricardo dos Santos Pereira deixou a cadeia pública de Arapongas. Ele estava preso pela acusação de tentar envenenar os próprios pais. A saída do presídio foi no final da tarde desta segunda-feira (6) e aconteceu após decisão da juíza Raphaella Benetti de Cunha Rios durante a primeira audiência do caso no Fórum.
Segundo as investigações, o rapaz colocou veneno de rato em um prato de macarrão que estava sendo preparado para o almoço. A avó estranhou os grãos verdes na comida e avisou a mãe, que chamou a Polícia Militar.
O delegado Ricardo Jorge, responsável pelo inquérito, reforçou ainda mais a convicção de que Pereira queria matar os parentes depois que os investigadores acharam uma carta onde o jovem manifesta o desejo de ficar com a herança. Durante interrogatório, ele também teria confessado a tentativa de assassinato.
Leia mais:
Policiais do 2ºBPM lamentam a morte de Tróia após oito anos de trabalho no Norte Pioneiro
Guarda municipal usa armas de fogo em 30% das cidades com agentes no Brasil
Homem que se masturbou em público é investigado pela polícia, mas responde em liberdade
Homem é detido ao ser flagrado com sementes e pés de maconha em Apucarana
Se na época a denúncia dos pais foi decisiva para a prisão do acusado, também foi fundamental para a soltura. Eles também foram ouvidos pela Justiça como testemunhas de acusação, mas afirmaram que acolheriam novamente o filho. "Não tememos sua liberação", comentaram à magistrada.
Raphaella Cunha Rios determinou que o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de Arapongas separe uma vaga e trate o vício de Ricardo Pereira, que confessou ainda na delegacia ser usuário de drogas.
Mesmo livre da cadeia, ele, que ainda não foi interrogado na ação criminal, continuará respondendo o processo por tentativa de homicídio duplamente qualificado. Ainda não foi marcada a data de outra audiência.
Em entrevista ao Bonde, o advogado de defesa Luiz Carlos Lima Júnior informou "que ficou demonstrado que Ricardo não é perigoso. Além disso, tornou-se evidente que ninguém comeria o macarrão daquela forma".