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Pescadores relatam tragédia

Sobreviventes de naufrágio tentam retomar a vida

Diego Prazeres - Folha de Londrina
07 out 2014 às 07:48
- Lis Sayuri/Equipe Folha
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"Depois que eu saí lá do fundo do rio, pensei: ‘não é aqui que eu vou morrer não. Tenho que voltar pra casa’." Era nisso que Valdecir Segundo Fernandes Freitas pensava quando se viu mergulhado em um pesadelo real. O agricultor de 47 anos, que descobriu ser diabético há três, é um dos cinco turistas sobreviventes do naufrágio do barco-hotel Sonho do Pantanal, há duas semanas, no Rio Paraguai, na divisa entre Porto Murtinho (MS) e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta. A tragédia abalou Alvorada do Sul (Região Metropolitana de Londrina), de onde partiram dez dos 16 turistas a bordo. Seis morreram afogados.

Os cinco que sobreviveram ao naufrágio tentam retomar a vida. A ficha ainda não caiu. É difícil superar o abalo da perda de grandes amigos em um programa de quatro dias que, até aquela fatalidade, foi marcado por muita diversão, com comida e bebida à vontade, fartas pescarias de pacus, dourados, pintados, e animadas rodas de viola. "A gente fica com uma dor enorme no coração, porque eram amigos íntimos. Todo final de semana estávamos reunidos num sítio de um amigo nosso para fazer um churrasquinho. Dois colegas de serviço morreram. É um sentimento muito grande de perda, vai demorar um pouquinho para a gente se acalmar", afirma Francisco Carlos Paulineli Ferreira, de 60 anos, o Chiquinho. Gerente de uma empresa de produtos agrícolas, foi ele quem armou o passeio pesqueiro para o Pantanal.

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Na tarde de ontem, a FOLHA conversou com os dois alvoradenses em suas casas. Os relatos do que ambos passaram no momento em que a tornado derrubou o barco até a forma como conseguiram sair com vida impressionam. Freitas nadou muito até ser resgatado em um bote por um índio de uma comunidade ribeirinha. Chiquinho se agarrou num banco de madeira da própria embarcação, ficando à mercê da correnteza. Um outro bote o retirou das águas. Eles voltaram juntos para Alvorada do Sul, seis dias depois da tragédia, quando a maioria dos corpos dos amigos já havia sido resgatada. Cientes de que nasceram de novo, não descartam novas pescarias. O tempo dirá quando.

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