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Violência

Promotor de Ibiporã é suspeito de agredir e importunar sexualmente ex-mulher

UOL/Folhapress
03 jul 2023 às 09:40
- Anete Lusina/Pexels
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O promotor Bruno Vagaes, do MP-PR (Ministério Público do Paraná) é suspeito de agredir e importunar sexualmente Fernanda Barbieri, servidora pública e sua ex-mulher, de acordo com reportagem exibida neste domingo (2) pelo programa Domingo Espetacular, da TV Record.


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Agressões começaram em 2017, após nascimento da filha do casal. Além de socos, Vagaes jogou água quente em Fernanda -entre outras violências.

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Promotor foi condenado por tocar partes íntimas de Fernanda em 2019. Episódio aconteceu quando mulher dirigia e rendeu condenação de três anos e seis meses de reclusão por importunação sexual. Filha do casal estava no carro e tinha dois anos à época.

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Após episódio, esposa pediu medida protetiva contra Vagaes -o que não interrompeu agressões. Por mensagem, promotor chegou a dizer que processo de separação de Fernanda seria realizado na "modalidade sangria" e envolveria sofrimento dela.


O que mais se sabe?

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Vagaes sofre de alcoolismo e transtorno bipolar, de acordo com laudos judiciais. Ele já atuou como promotor em casos de violência doméstica e atualmente se encontra lotado na Promotoria de Justiça de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina).


Apesar das denúncias, promotor não foi afastado de suas funções. Uma reunião marcada para esta segunda-feira (3) pelo Conselho Nacional do Ministério Público deve discutir a situação de Vagaes.

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O que dizem os envolvidos?


A integralidade das notícias dirigidas por Fernanda Barbieri ao MPPR, revelando práticas de violência doméstica e familiar contra a mulher, com aplicação da Lei Maria da Penha, por parte do Promotor de Justiça Bruno Vagaes, contou - e ainda conta - com as providências cabíveis à Instituição Paranaense, seja pela Corregedoria-Geral, seja pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, seja pelo Conselho Superior do Ministério Público.

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MP-PR, em nota sobre o caso


Procurada pela reportagem da Record, a defesa de Bruno informou que o promotor não tem contato com Fernanda há mais de três anos.

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Nota de apoio a Fernanda Barbieri e repúdio à lentidão da justiça


O Néias-Observatório de Feminicídios Londrina, emitiu nota de apoio à servidora pública. Segundo o Néias, matéria veiculada pelo jornal O Globo diz que Vegaes já violou medidas protetivas concedidas à ex-esposa 101 vezes, enquanto Fernanda segue sem convívio social, refém do medo, pela vida dela e da filha.

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O observatório manifesta ainda repúdio à lentidão e aparente leniência da justiça diante do caso. De acordo a mesma matéria, em julho de 2020 o promotor teve a prisão decretada pelas violências cometidas, sendo a mesma convertida em prisão domiciliar. Poucos meses depois, no entanto, em setembro de 2020, a prisão foi revogada sob argumento de que Vegaes havia compreendido “quão censurável tem sido seu comportamento em relação à ex-mulher”. "Causa-nos repulsa que um suposto arrependimento sirva como motivo para revogação da prisão do agressor", aponta o Néias.


A história de Fernanda era conhecida do Observatório. Em novembro de 2021, quando Néias promoveu a campanha “As Néias querem saber”, a servidora deu seu relato a uma de nossas voluntárias, ainda sem a segurança de nomear seu agressor. "Lamentamos que passados tantos meses ela ainda esteja envolta no mesmo clima de medo e insegurança, decorrente da aparente proteção do agressor por parte da justiça", afirma a nota.


No dia da veiculação da matéria de O Globo, o MP-PR emitiu uma nota na qual demonstra estar agindo em favor da vítima desde o recebimento das primeiras denúncias. "Questionamos, no entanto, como o órgão mantém ativo em seus quadros um comprovado agressor? Quais os critérios para afastamento e/ou perda do cargo? São respostas importantes de serem dadas à vítima e à sociedade", frisa o Néias. 


E continua: "A história de Fernanda comprova o quanto a segurança e a vida das mulheres são relegadas na sociedade machista e patriarcal em que vivemos. Até quando a palavra dos homens continuará tendo maior peso que a das mulheres? 


Esperamos que Fernanda possa recuperar sua vida plena em breve, com respostas assertivas da justiça, após a repercussão nacional do caso - último recurso enxergado por ela com o injusto de ser ouvida".


Veja o depoimento de Fernanda para Néias em novembro de 2021:


”Sofri violência doméstica, inclusive sexual. Denunciei, mas foi e tem sido muito difícil, porque ainda não saiu nada do papel. Na delegacia da mulher fui revitimizada com perguntas do tipo "Ele colocou a faca na sua barriga, mas ficou cicatriz?", um total descrédito à palavra da mulher. E como se só se configurasse violência doméstica aquela que deixa marcas. Penso numa mulher que não tem assistência, que não tem conhecimento, que não entende o que ela está vivendo e tem um tratamento que não é acolhedor. Como você vai falar para denunciar?


Hoje o que acontece: eu que não saio de casa, eu não trabalho, eu que me escondo. É dificil para uma mulher entender os riscos, não se sentir culpada. E quando você vê que não dá em nada, ainda... Quando eu digo que não deu em nada é porque não teve decisão final. Mas eu consegui medida protetiva e o botão do pânico da Guarda Municipal. Talvez eu tenha salvado minha vida com isso. Eu acredito até que não poderia estar mais aqui."


(Com Assessoria de Imprensa)


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