Esta terça-feira (31) foi marcada por novas manifestações por parte de professores em frente aos Núcleos Regionais de Educação. Segundo postagem no site da APP-Sindicato, um total de 20 núcleos permaneceram fechados em todo o Estado. Em Londrina, o prédio funcionou normalmente após os professores realizarem panfletagem durante toda a segunda-feira (30).
Segundo o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, a panfletagem continuou hoje com o intuito de informar a população e mostrar ao governo do Estado que a categoria está mobilizada. Nesta quarta-feira (1) haverá outro ato organizado pelo sindicato em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba. A intenção é tentar dialogar com os deputados, já que amanhã os políticos voltam ao trabalho depois do recesso de final de ano.
Para Leão, as manifestações "não têm a intenção de boicotar as distribuições de aula [que acontecem amanhã], pois sabemos que isso é importante para os professores". "Nós estamos fazendo manifestações para saber se conseguimos revogar esse critérios que penalizam os professores."
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Em nota divulgada nesta terça, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) alerta que "se o sindicato continuar obstruindo a entrada dos funcionários nos Núcleos Regionais da Educação (NREs) e nas escolas nesta quarta-feira (1), quando inicia a distribuição de aulas na rede estadual, os professores correm o risco de ficarem sem suprimento de aulas e, portanto, sem pagamento".
Para Leão, a nota é intimidatória. "Lamento que a Seed se antecipe, achando que o sindicato vai penalizar a própria categoria."
Sobre a Resolução 113/2017, publicada pelo governo Beto Richa (PSDB), e que trata da distribuição de aulas e funções na rede estadual de ensino, a APP-Sindicato entrou com uma liminar pedindo a revogação da medida que impediria professores que tiraram licença saúde por mais de 30 dias de assumirem aulas neste ano.
"A reivindicação foi urgente, mas não tem data para terminar o processo. A expectativa é que saia a qualquer momento", diz Leão, reforçando que a categoria fará "uma luta legítima, sempre dialogando com a sociedade e com o governo".
Em assembleia em Maringá, no dia 11 de fevereiro, a categoria irá deliberar sobre os próximos passos da manifestação e sobre uma possível greve dos professores.