Cerca de 40 mil moradores de vários bairros de Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba), estão há uma semana com abastecimento de água irregular. Na sexta-feira passada a Sanepar suspendeu o fornecimento para a região depois de constatar a presença de óleo refinado no Rio Verde, de onde é feita a captação de água pela estação de tratamento de Cercadinho. A produção foi retomada na segunda-feira, mas um dia depois o rio voltou a apresentar sinais de contaminação.
Moradores da região dizem que a água fornecida pela Sanepar não tem qualidade. "Essa semana ela está com cheiro e gosto ruins e já tem criança ficando com cólica por causa da água", diz Rosimari Ferreira Gonçalves, 41 anos, moradora da colônia Figueirego, próxima a Cercadinho, mas que não teve o fornecimento suspenso desde o início da semana. Ela tem três filhos e está pegando água de um poço que existe na vizinhança. "No primeiro dia que o rio foi contaminado até os peixes apareceram mortos". Só ontem ela conta que estava sem receber água da Sanepar.
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A empresa está fazendo o fornecimento emergencial através de caminhões pipa para as regiões mais atingidas. O fornecimento só voltará a ser regularizado depois que o rio estiver livre de contaminação. O operador da estação de Cercadinho, Antonio Celso, diz que o monitoramento da qualidade da água é constante.
Técnicos da empresa acreditam que o óleo tenha vazado de um posto de combustíveis da região no final da semana passada. Uma parte dos resíduos foi direto para o rio. Outra ficou retida nas margens. Com as chuvas pesadas do início da semana o material foi levado para as águas e voltou a contaminar a fonte de abastecimento.
A estação de tratamento de Cercadinho produz, diariamente, cerca de 5 milhões de litros de água. Uma parte abastece a população da própria região e o restante da água vai para outros bairros de Campo Largo. Os locais mais atingidos são o de Águas Claras, parténope, Popular Nova e Velha, Rondinha e Vila Bancária.