O delegado de Tomazina (110 km ao sul de Jacarezinho), Isaías Machado, vai prorrogar por mais 30 dias a investigação de possível falta de atendimento a uma mulher de um médico que trabalha no Hospital Municipal de Jaboti, também no Norte Pioneiro. A paciente alega que perdeu o bebê por negligência do profissional. A Polícia Civil ainda pretende ouvir os funcionários, motoristas das ambulâncias que fizeram o transporte e o médico denunciado, que deve prestar depoimento poucos dias antes do inquérito ser concluído.

Há um mês, a mulher disse ao delegado que necessitou ser transferida para Jaboti por morar em outro município da região. Quando chegou na unidade, teria sido orientada a voltar à cidade natal para fazer o parto. "Ele virou as costas e deixou minha cliente agonizando de dor", disse o advogado Siomar José Zachesky, que defende a jovem. Depois de ser dispensada, ela passou mal e só depois teve o atendimento retomado. Mesmo assim, já era tarde: a criança havia falecido.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Jacarezinho mostrou que a morte foi ocasionada por asfixia e deslocamento de placenta.