Quando o policial militar Wilson Carneiro ingressou na corporação, há cinco anos, jamais pensou que iria passar por momentos tão intensos ao salvar a vida de uma pessoa como os da última terça-feira (25). Quando seguia para o trabalho, foi o responsável por salvar a vida do pequeno Isaac, de apenas nove dias de vida, que estava sufocado com líquido.
Carneiro serve o 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Rolândia, mas mora em Cambé. Ao seguir para o plantão na tarde de quarta-feira (26), ainda em sua cidade de residência, deparou-se com uma mulher agindo de forma estranha, no meio da rua. "Ela segurava um aparelho celular e estava com as mãos erguidas, como se procurasse algo, mas não havia nada na rua. Em seguida, entrou correndo em uma casa, aparentando desespero. Isso me chamou a atenção."
O policial parou em frente à casa e percebeu um acúmulo de pessoas. Ao descer para verificar o que ocorria, uma criança saiu e disse que havia um bebê se afogando lá dentro. A mãe saiu com Isaac no colo e o entregou para Carneiro. Neste momento, o PM resgatou técnicas de primeiros socorros aprendidas no curso de formação no início de sua carreira. "Comecei as manobras do jeito que os bombeiros orientam. Coloquei o bebê deitado com a barriga para baixo e comecei a dar tapinhas nas costas. Em dois minutos, ele expeliu um tanto de líquido e voltou a respirar."
Leia mais:
Diretoria de hospital de Sarandi é afastada por má gestão de recursos
Marilândia do Sul é o município que mais produz cenoura no Paraná
Quatro se ferem em colisão de carro contra mureta de concreto na PR-436 em Bandeirantes
Motocicletas se multiplicam sob o olhar mais atento da política
A mãe do bebê, chamada Solange, disse que o filho estava há cinco minutos naquela situação. Carneiro afirma que Isaac já estava com a coloração escura e temia que fosse tarde demais. Segundo o policial, a situação de ter salvo uma vida é gratificante, mas foram também momentos de tensão. "Tive de recordar o que aprendi há muito tempo e não sei se conseguiria se fosse um filho meu. O desespero seria maior e, mesmo já sabendo o que fazer, talvez não conseguisse agir como precisava."
O Bonde tentou contato com a família do pequeno Isaac, mas ninguém atendeu no número de telefone fornecido.