A famosa semente da araucária, o pinhão, tem sua colheita, transporte, comercialização e armazenamento proibidos até o dia 1º de abril. O decreto, informado pelo Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde, passa a valer para todo o estado do Paraná a partir desta quinta-feira (20). O objetivo da proibição está na proteção da especie (ameaçada de exitinção) no bioma de mata atlântica, prevenindo também costumes predatórios durante esta que é uma época de maturação.
Os produtores autuados transportando ou colhendo a semente terão sua carga apreendida e receberão uma notificação admistrativa. Somente sementes maduras, as chamadas "pinhas deiscente", poderão ser comercializadas após o prazo de proibição se encerrar, no dia 1º de abril. Aquelas que ainda estiverem imaturas ("coloração verde, com pinhões esbranquiçados e alto teor de umidade", segundo descrição da PF) continuarão com a proibição mesmo após o encerramento do prazo original de defeso.
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O pinhão é um ingrediente tipico da região sul, principalmente no estado do paraná, onde a Araucaria Angustifolia (nome cientiico do pinheiro-do-paraná) é simbolo do estado. Segundo explicação da engenheira agrônoma Ana Paula Ferreira Dominoni, este processo de defeso serve para sustentabilizar a extração do pinhão e garantir sua qualidade.
"O período de 'defeso' é uma medida regulatória importante para garantir tanto a preservação ambiental quanto a qualidade do produto. Durante esse período, a coleta é proibida para permitir que o pinhão atinja sua maturação, evitando que pinhas imaturas, sejam retiradas. Essa restrição visa principalmente assegurar o amadurecimento das sementes, promovendo a regeneração das araucárias, a alimentação de animais silvestres e a sustentabilidade do extrativismo do pinhão. Vale ressaltar que quando não maduras, as sementes não têm a qualidade necessária para a comercialização, podendo perder valor nutricional e deteriorar mais rapidamente", explica.
Denuncias poderão ser feitas, de forma anônima, no telefone 181 da Polícia Ambiental.
(Com informações do Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde).
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.
