Paraná

PF deflagra operação para desmantelar quadrilha que lavou mais de R$ 300 milhões

22 mai 2014 às 08:21

A Polícia Federal deflagrou, com o apoio da Receita Federal do Brasil, a Operação Sustenido na manhã desta quinta-feira (22), para desmantelar uma organização criminosa que praticava os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas há mais de três anos.

A quadrilha, enraizada em Foz do Iguaçu e no Paraguai, contava com o apoio de funcionários de instituições financeiras de Foz do Iguaçu, além de dezenas de pessoas físicas que, em troca de remuneração, conscientemente, emprestaram seus nomes para a constituição de cerca de 46 empresas fictícias. Em curto lapso temporal, as contas dessas empresas movimentaram grande quantia de dinheiro ilegal, estimado em mais de R$ 300 milhões.


Durante nove meses de investigação, apurou-se que o responsável pelas 46 empresas "fantasmas" e "de fachada" pagava boletos bancários de duas grandes empresas de Foz do Iguaçu. Como compensação, os proprietários dessas empresas disponibilizavam o valor correspondente ao pagamento dos boletos numa outra grande empresa deles, sediada no Paraguai (uma sociedade anônima). No país vizinho, o dinheiro correspondente ao pagamento dos boletos era transferido da sociedade anônima para uma casa de câmbio paraguaia e, em seguida, desta para lojistas e traficantes paraguaios. Após receber o dinheiro, estes últimos enviavam mercadorias e drogas para os empresários e traficantes brasileiros que haviam remetido o dinheiro para as 46 empresas fictícias.


A organização era responsável por lavar vultosa soma de dinheiro ilegal enviada por diversas pessoas físicas e jurídicas dos mais diversos Estados do Brasil e também se incumbia de enviar esse mesmo dinheiro para o Paraguai.


Para a deflagração da operação, foram empregados 140 policiais federais e 22 servidores da Receita Federal. Estão sendo cumpridos 6 mandados de prisão preventiva, 28 mandados de prisão temporária, 6 mandados de condução coercitiva e 43 mandados de busca e apreensão nas cidades de
Foz do Iguaçu e Medianeira.

Todos os envolvidos serão processados pela prática dos seguintes delitos: organização criminosa transnacional; fazer/operar instituição financeira sem autorização; lavagem de dinheiro e evasão de divisas.


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