No dia 27 de outubro de 2020, Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina) ganhava os holofotes nacionais com a notícia de que Paulo Cupertino, um dos assassinos mais procurados do Brasil, esteve na pacata cidade de 12 mil habitantes do Norte do Paraná. Policiais descobriram que o criminoso que matou o ator de novelas Rafael Miguel, 22 anos, e os pais dele em São Paulo (SP) registrou um RG falso. Cupertino usou o nome de Manoel Machado da Silva para conseguir o documento.
No RG, Cupertino aparece com o cabelo curto e barba branca, diferente da foto original divulgada na época do triplo homicídio. A Secretaria Estadual de Segurança Pública confirmou na época que a identidade pertence a um homem que mora em Ponta Porã, no interior do Mato Grosso do Sul.
A novidade é que Cupertino foi indiciado pela fraude em inquérito conduzido pela Polícia Civil de Ibiporã. "Vai responder por falsidade ideológica. Nesses meses todos, mantivemos contato com a polícia paulista e tentamos pegar informações em locais que ele teria passado aqui na região, mas não avançamos muito. Ele continua foragido", esclarece o delegado Vitor Dutra de Oliveira, responsável pela investigação.
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Investigadores também não tiveram sucesso ao tentar rastrear ligações de Cupertino. "Mandamos ofícios para diversas operadoras de telefonia, mas sem sucesso. Algumas ainda não retornaram. Perguntamos a vários órgãos se ele usou o nome falso, mas só foi mesmo na hora de obter o RG", explica.
O funcionário que atendeu o assassino de Rafael Miguel foi ouvido. A polícia não enxergou culpa dele na falsificação do documento. "Ele colaborou bastante nas investigações. Não ficou comprovado se esse servidor teria recebido algum valor ou cometido alguma irregularidade para ajudar o acusado", avalia o delegado.
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