O CPPI (Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos), vinculado à Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) do Paraná, em Piraquara (região metropolitana de Curitiba), vai voltar a produzir o soro contra a aranha-marrom. Isso porque nesta segunda-feira (17) foi assinada a ordem de serviço para concluir a construção da área de imunização de equinos da seção de produção de plasma. O investimento é de R$ 1,85 milhão do Governo do Estado.
A obra deve ser finalizada no segundo semestre e vai permitir a retomada da produção de soros antiloxoscélico e antibotrópico, contra a aranha-marrom e jararaca, respectivamente. O novo espaço também contribuirá para as pesquisas com o soro anti-Covid e apoio ao projeto Wolbachia, voltado para controle da dengue, com a certificação em boas práticas de fabricação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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Desde 2017, o CPPI não fabrica o soro antiloxoscélico. Atualmente, o centro apenas extrai o veneno das aranhas-marrons, imuniza o plantel de equinos para a produção do soro e produz o plasma hiperimune, faltando a etapa de processamento industrial e envase no frasco-ampola. A expectativa é de que a partir deste ano o medicamento já possa ser plenamente produzido no local.
O mesmo valerá para o soro antibotrópico, indicado para tratar picadas de serpentes do gênero Bothrops. Em relação ao combate à dengue, haverá o fornecimento de sangue de equinos para a alimentação das matrizes do Aedes aegypti contaminadas com a bactéria Wolbachia. Esse trabalho será realizado em conjunto com a nova biofábrica, que está sendo instalada em Curitiba, sob responsabilidade do IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná), vinculado à Fiocruz, e WMP (World Mosquito Program).
“Focamos na pesquisa e desenvolvimento de produtos de interesse para a saúde pública do país, produzindo os soros antivenenos, insumos e antígenos para auxílio diagnóstico”, disse o diretor do CPPI, Rubens Gusso.
Além do investimento financeiro, o CPPI anunciou o curso de “Atualização em Atendimento Emergencial de Equinos”, destinados a profissionais das áreas da saúde humana, ambiental e animal, lançou a cartilha de Atribuições dos Médicos Veterinários das prefeituras e divulgou o Projeto Saúde Única de Enfrentamento da Esporotricose em gatos.
Também houve a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre o Sindivet/PR (Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná) e o Comesp/PR (Consórcio Metropolitano de Serviços) para a promoção de capacitação e o aprimoramento contínuo dos médicos veterinários, fortalecendo a atuação profissional e elevando os padrões de excelência na área.
A iniciativa abrangerá diversas áreas de atuação da medicina veterinária, relacionadas à saúde pública, tecnologia e segurança de alimentos, clínica e bem-estar animal.
