Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Entenda

Paraná não vai poder descontar salário de professores grevistas, afirma MPT

Adriana de Cunto - Grupo Folha
30 mai 2024 às 11:18

Compartilhar notícia

- Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Após a Seed (Secretaria Estadual de Educação) emitir nota, na quarta-feira (29), informando que descontará em folha de pagamento as faltas de professores e funcionários que aderirem a greve da categoria, o MPT-PR (Ministério Público do Trabalho - Paraná) alertou que a punição se classifica como violação das liberdades sindicais estabelecidas pela Constituição.


A Notificação Recomendatória Nº 225814.2023 do Ministério Público do Trabalho foi endereçada ao Governo do Paraná/ Seed e foi publicada também no dia 29 de maio. O documento é baseado na Constituição da República, art. 127 e na Lei Complementar nº 75/93.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Os professores do Estado do Paraná aprovaram início de greve da categoria para segunda-feira (3) em razão, principalmente, do Projeto de Lei do Executivo que tramita em regime de urgência na Alep (Assembleia Legislativa do Estado do Paraná) que, se aprovado, autoriza o governo Ratinho Junior a entregar a gestão de 200 estabelecimentos de ensino à iniciativa privada.

Leia mais:

Imagem de destaque
Sessenta formandos

Apucarana promove formatura de curso de formação em Libras

Imagem de destaque
Concursados podem ser remanejados

Deputados estaduais do Paraná aprovam privatização da estatal Celepar

Imagem de destaque
Ambev

Cervejaria abre as portas para visitação do público; fábrica de Ponta Grossa está na lista

Imagem de destaque
Em elaboração

Projeto de estudo do trem que ligará Londrina a Maringá deve ficar pronto em 2025


Condutas antissindicais

Publicidade


O MPT alerta na recomendação: "Considerando que em uma perspectiva de promoção da liberdade sindical, constituem condutas antissindicais quaisquer práticas que violem as liberdades sindicais estabelecidas pela Constituição da República (arts. 8º, 9º e 37, VI e VII), as consagradas nas Convenções Internacionais ratificadas pelo Brasil, as orientações do Comitê de Liberdade Sindical da OIT e as que impliquem cerceamento ou retaliação, direta ou indiretamente, à atividade sindical legítima".


LEIA MAIS: 8 escolas da região de Londrina estão na lista de terceirização do Estado

Publicidade


O MPT lembra à Seed, na notificação, que se classifica como ato antissindical "todo e qualquer ato que tenha por finalidade prejudicar, dificultar ou impedir de algum modo a organização, a administração, a ação sindical, o direito de sindicalização e a negociação coletiva, seja ele praticado pelo Estado, pelos empregadores ou por terceiros".

Publicidade


Governo não deve criar entraves, diz documento


No documento, o Ministério Público do Trabalho notifica o estado do Paraná e a Secretaria de Estado da Educação, incluindo os Núcleos Regionais de Educação, a abster-se de "criar entraves, retaliar ou intimidar os sindicatos profissionais e seus servidores para que não organizem e/ou participem de movimento paredista, ameaçando com demissões e/ou descontos salariais". Também orienta o governo a não substituir os professores que aderirem à greve, com a contratação de novos profissionais.

Publicidade


O MPT também notifica os órgãos estaduais que cabe a eles permitirem aos sindicatos profissionais a distribuição de avisos, panfletos, publicações e outros documentos entre os servidores, "bem como a colocação de faixas em locais e de forma razoável, abstendo-se de criar-lhes entraves injustificados, retaliá-los ou intimidá-los por tais atos".


Acesso

Publicidade


Ainda na notificação, o MPT alerta para que a Seed seja rápida em dar acesso aos sindicatos profissionais a todos os locais de trabalho dos servidores, "quando esse acesso for necessário para o desempenho de suas funções representativas (desde que sem interferência indevida com o núcleo do direito de propriedade e com o trabalho realizado), de maneira que os sindicatos possam comunicar-se com os trabalhadores".


LEIA TAMBÉM: Seed pode suspender cursos técnicos na região de Londrina

Publicidade


O documento esclarece ainda "que não se pretende, com a presente, imiscuir-se no juízo da autoridade administrativa. Todavia, o desrespeito aos preceitos acima configurará situação ilícita, para efeitos da atuação deste órgão".


Assinam a notificação o procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto, chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região; e as procuradoras do Trabalho Cláudia Honório, Valdenice Amália Furtado e Virgínia Leite Henrique.


Para a secretária de assuntos jurídicos da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, a recomendação do MPT "ratifica aquilo que a APP-Sindicato vem dizendo a semana toda. O governo do Estado do Paraná vem se utilizando de práticas antissindicais jamais vistas. O grau de assédio, o grau de ilegalidades cometidas pelo governo do Estado, pela Secretaria do Estado da Educação é inimaginável".


Fernandes firmou que a APP-Sindicato "sempre" enfrentou processos muito difíceis em greve, "mas nesse momento o governo usa de um assédio e de práticas antissindicais ilegais de forma muito contundente. Por isso, nós estamos buscando todos os meios jurídicos, das entidades responsáveis para fazer com que o governo tenha respeito pela nossa greve. O que isso significa é que a nossa greve está forte, começa na segunda-feira e o que acontecer nas escolas pela irresponsabilidade do governo ou dos diretores pela convocação de estudantes, nós também vamos denunciar".


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo