O Paraná registou o maior crescimento da atividade econômica no Brasil no período entre janeiro e outubro de 2023, chegando a 9,1%, em comparação com o mesmo período em 2022.
O aumento está muito acima da média nacional, que foi de 2,4%, e também supera com folga o segundo estado mais bem colocado, Goiás, que contabilizou 6,2% neste mesmo intervalo de tempo.
Os dados fazem parte do IBCR (Índice de Atividade Econômica Regional), cujo cálculo é feito pelo Banco Central. O IBCR é um indicador divulgado mensalmente que incorpora as informações sobre o desempenho da economia nos setores agropecuário, industrial, de serviços e de comércio a partir das pesquisas mensais do IBGE.
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Na região Sul, o IBCR dos primeiros 10 meses do ano passado teve variação positiva de 2,4% em Santa Catarina e de 2,8% no Rio Grande do Sul. Outras grandes economias tiveram desempenhos mais tímidos, casos de São Paulo (1,3%) e Rio de Janeiro e Minas Gerais (4,3%).
De acordo com o diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Jorge Callado, os indicadores setoriais produzidos pelo IBGE já evidenciavam a performance destacada da economia do Estado em nível regional e nacional.
“Estamos crescendo a taxas muito mais elevadas do que as do Brasil na produção industrial e nos serviços, que se somam à forte expansão da produção agrícola estadual em 2023, o que explica a condição de líder nacional no índice calculado pelo Banco Central”, avaliou.
Além do IBCR, dados do Ipardes divulgados em dezembro apontaram um crescimento de 6,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná de janeiro a setembro de 2023, somando R$ 485,8 bilhões, o equivalente a 6,1% das riquezas do Brasil.
Ao longo dos últimos 20 anos, a economia paranaense também tornou-se mais dinâmica, com diversas regiões ganhando maior participação proporcional no PIB estadual. Em nível municipal, oito das 100 cidades com maior peso na economia nacional estão no Paraná.
O IBCR (Índice de Atividade Econômica Regional) analisa dados das cinco regiões geográficas e de treze unidades da federação com o objetivo contribuir para a análise conjuntural da economia de cada região. A metodologia incorpora indicadores da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).
O índice é construído com base no volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, que são agregadas a partir dos seus respectivos pesos na economia de acordo com as estatísticas do IBGE.
Também são utilizadas outras informações de caráter estrutural, como as obtidas na Pesquisa Industrial Anual (PIA-IBGE), na Pesquisa Anual do Comércio (PAC-IBGE), na Pesquisa Anual de Serviços (PAS-IBGE) e na Produção Agrícola Municipal (PAM-IBGE).
Confira os indicadores de janeiro a outubro de 2023:
- Paraná - 9,1%
- Goiás - 6,2%
- Pará - 5,1%
- Minas Gerais - 4,3%
- Rio de Janeiro - 4,3%
- Bahia - 3,2%
- Amazonas - 3,2%
- Rio Grande do Sul - 2,8%
- Espírito Santo - 2,5%
- Santa Catarina - 2,4%
- Pernambuco - 1,7%
- São Paulo - 1,3%
- Ceará - 0,9%
- Média nacional - 2,4%
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