Um mutirão carcerário promovido nesta semana beneficiou 76 mulheres que cumpriam pena na Penitenciária Feminina do Paraná (PFP), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação organizada pelo Poder Judiciário, em parceria com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), faz parte do projeto Cidadania nos Presídios, do Conselho Nacional de Justiça.
Ao todo, foram concedidos benefícios referentes a nove prisões domiciliares, 22 alvarás de soltura e 45 concessões de monitoramento por tornozeleira eletrônica. Segundo o juiz Moacir Antonio Dala Costa, designado para atuar no mutirão pelo Tribunal de Justiça do Paraná, foi dado prioridade a mulheres grávidas e com filhos.
É o caso de S.F.O., 22 anos, presa há 10 meses por tráfico de drogas, quando ainda estava grávida, na última etapa da gestação. O filho dela está com 9 meses de idade. "Não esperava pelo benefício, quero aproveitar essa oportunidade", afirma ela.
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Assim como M.G. C., 33 anos, presa há 8 meses, também por tráfico de drogas e mãe de quatro filhos. "Estou muito feliz, não vejo a hora de ver meus filhos e minha mãe, quero arrumar um trabalho e começar a vida de novo", planeja.
Cerca de 20 profissionais das Varas de Execuções Penais de Curitiba, Ministério Público, Defensoria Pública e Depen participaram do mutirão.
PROGRESSÃO DE PENA – O objetivo dos mutirões carcerários é avaliar benefícios de progressão de pena que estejam pendentes. Além de manter os processos em dia, a iniciativa abre novas vagas no sistema prisional.
A partir desta segunda-feira (3), um novo mutirão carcerário atenderá presos custodiados na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP2).