O MPPR (Ministério Público do Paraná), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Palotina, no Oeste do estado, ofereceu na quarta-feira, 20 de julho, denúncia criminal contra um fisioterapeuta que atua na cidade. A denúncia cita os crimes de assédio sexual, importunação sexual, violência sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, supostamente praticados contra pelo menos quatro vítimas, incluindo pacientes e ex-funcionárias de uma clínica. A violência sexual mediante fraude consistiu em fazer com que uma das vítimas acreditasse que o tratamento fisioterápico proposto fosse o ideal para o caso dela, para assim, praticar atos libidinosos.
Os crimes teriam ocorrido entre os anos de 2020 e 2022. O MPPR aponta que há suspeita de mais vítimas. O caso chegou à Promotoria de Justiça por meio das vítimas que já foram ouvidas e o denunciado agia de variadas modalidades. O acusado não possui antecedentes criminais. "Por ora, houve o encerramento do inquérito policial e o oferecimento da denúncia, aguardando-se o devido recebimento pelo Juízo Criminal de Palotina."
A reportagem da Folha conversou com o advogado Gustavo Paiva, que representa quatro supostas vítimas do fisioterapeuta. Ele tomou conhecimento do caso em janeiro deste ano. Segundo ele, o fisioterapeuta iniciou os abusos com uma funcionária da clínica. “Ela sofria abusos sexuais e assédio moral no trabalho, situação com a qual suportou por um ano e oito meses até se desligar da clínica por não resistir mais a pressão.” Nesse intervalo, outra funcionária também teria sido abusada por três meses. “Nesse ínterim, ele tocou com a boca dele nos órgãos genitais de uma paciente que estava em tratamento, durante a realização de um exercício”, declarou o advogado.
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Após a saída de uma das
funcionárias abusadas, outra mulher que entrou no lugar dela foi
igualmente abusada sete dias após iniciar as atividades na mesma clínica
pelo mesmo fisioterapeuta. “Foi essa última que fez a denúncia para a
polícia. Havia uma resistência das outras vítimas em fazer a denúncia,
porque nesse tipo de crime normalmente a vítima se cala em virtude do
trauma. Elas receberam indicação e eu direcionei a denúncia diretamente
ao MPPR (Ministério Público do Paraná) e foi feita oitiva de todas as
vítimas. Uma das vítimas não queria representar, porque o fisioterapeuta
é bastante conhecido na cidade, no entanto, diante da união das demais,
criou coragem e fez a denúncia”, ressaltou Paiva.
“Foi feito um pedido de prisão e a Polícia Civil realizou diligências. Dia 18 o Ministério Público ofereceu a denúncia, onde diversos crimes foram cometidos dentro do ordenamento jurídico brasileiro. Agora o Magistrado vai conceder dez dias ao réu para apresentar defesa e ele já foi chamado para prestar depoimento, no entanto ele permaneceu calado”, afirmou Paiva.
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