Após pagamento da folha, motoristas da TCCC seguem com paralisação total da frota em Maringá, nesta terça-feira (9).
A greve teve início na segunda-feira (8) com motoristas reivindicando o pagamento do restante de seus honorários pela empresa Transporte Coletivo Cidade Canção. A TCCC alega ter sido prejudicada com o avanço da pandemia causa pela Covid-19, o que levou uma queda de 45% de sua demanda. Na tarde do mesmo dia, a empresa levantou recursos para pagar integralmente o salário de janeiro, gerando uma expectativa da volta da frota, o que não aconteceu.
De acordo com Ronaldo José da Silva, presidente do Sinttromar, os motoristas não voltaram a trabalhar, pois demandam que seja pago o PPR (Programa de Participação de Resultados), a renovação do acordo coletivo, e que seja realizado o reajuste salarial que está atrasado desde o mês de junho da data-base do ano anterior.
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O sindicalista ainda ressalta que a paralisação foi espontânea da classe, feita sem passar pelo Sinttromar e sem aviso prévio de 72 horas. Além disso, foi organizado por um grupo de motoristas próximos à cúpula diretiva da TCCC e que, na semana anterior, esta classe esteve na prefeitura da cidade para alertar que a empresa não teria condições de pagar os salários, após prejuízo de R$ 24 milhões.
Reavaliação de contrato
Em reunião, os vereadores se colocaram à disposição para ajudar a prefeitura nesse alinhamento com a TCCC para que a empresa coloque ao menos 30% da frota de ônibus para atender a população e pague os funcionários que estão sem receber seus salários. Na tarde de segunda-feira, analisaram a reavaliação ou rompimento do contrato de concessão do transporte coletivo, pois a situação era "preocupante e que comunidade não pode ser prejudicada com a continuidade da greve". A Câmara se reunirá novamente para discutir o assunto.
*Sob supervisão de Fernanda Circhia.