Paraná

Morre primeiro padre ordenado pela Arquidiocese de Maringá

27 ago 2022 às 14:25

A comunidade católica de Maringá se despediu na sexta-feira (26) do Cônego Benedito Vieira Telles, 93 anos. Após 17 dias hospitalizado, o líder religioso faleceu na noite de quinta-feira (25) em decorrência de pneumonia e infecção urinária. O primeiro presbítero ordenado na diocese maringaense, em 1960, foi sepultado no Cemitério Rainha da Paz. 


Em sua trajetória eclesiástica, Padre Telles atuou na Catedral de Maringá e nas paróquias de Inajá, Atalaia e Guairaçá, hoje pertencente à Diocese de Paranavaí, além de ter sido capelão do Albergue Santa Luíza de Marillac.  


Ele também se dedicou à carreira acadêmica. Formado em Filosofia, Teologia e Direito, foi membro da Academia Maringaense de Letras, e professor da Universidade Estadual de Maringá, instituição em que lecionou durante 36 anos. Também foi professor da Unicesumar. 


Na época em que morou em Roma, foi convidado para dar aulas de português para o Papa João Paulo II e seu sucessor, o Papa Bento XVI. “Após me aposentar como professor de Direito na Universidade de Maringá (UEM) voltei a Roma para concluir estudos, em 1999, quando a convite do Vaticano prelecionava Língua Portuguesa ao Santo Padre João Paulo II e a Sua Eminência o Cardeal Josef Ratzinger, Bento XVI, sucessor de São João Paulo II. Retornei-me ao Brasil, no ano de 2000, para o Santo Natal”, relatou o próprio cônego Telles no livro “Nas Alturas – A história da paróquia Catedral de Maringá”, de autoria dos jornalistas Rogério Recco e Everton Barbosa, lançado em 2022. 


A obra também traz um comentário do religioso sobre sua ordenação como sacerdote em Maringá. “No dia 20 de junho de 1960 deixei o Seminário Maior São José - para ser ordenado sacerdote por Dom Jaime Luiz Coelho, na antiga Catedral de madeira, no dia 29 de junho de 1960. A igreja Catedral de Maringá era pequena, empoeirada. O cerimonial esteve sob a regência do monsenhor Pedro Fedalto, à época, secretário e chanceler do Arcebispo de Curitiba, Dom Emanuel da Silveira d'Elboux”, comentou. 

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