Mil toneladas de resíduos da indústria têxtil e de confecção, acumulados ao longo de 2024 no prédio do extinto IBC da Vila Nova, em Apucarana (Centro-Norte) podem ter destinação ambiental adequada. Na semana passada, o prefeito Rodolfo Mota assinou autorização para que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente providencie a destinação. O material será encaminhado para um aterro industrial. A contratação emergencial inclui transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, com prazo de execução de 90 dias, conforme requisição da secretaria.
O material, rejeitado por empresas do setor têxtil, foi coletado por uma empresa credenciada pela prefeitura, que deveria garantir a destinação final conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). No entanto, segundo denúncia da atual gestão municipal, a situação gerou um grande passivo ambiental e um risco iminente de incêndio. Além dos resíduos têxteis, o barracão do antigo IBC também abriga diversos bens públicos, o que agrava ainda mais o problema.
De acordo com a secretaria, o armazenamento inadequado desses materiais representa uma ameaça à população local, pois cria um ambiente propício para a proliferação de animais peçonhentos, vetores de doenças, além de ratos e baratas. “A empresa credenciada coletou e depositou os resíduos têxteis no espaço público com o objetivo de transformá-los futuramente em matéria-prima para outros produtos. No entanto, não conseguiu dar destinação a todo o material acumulado”, explicou Diego da Silva, secretário municipal de Meio Ambiente. Segundo ele, a empresa já foi notificada legalmente sobre suas responsabilidades.
“Este local deveria servir como almoxarifado da prefeitura, armazenando equipamentos e maquinários essenciais para a saúde, educação e demais secretarias. No entanto, acabou se transformando em um depósito irregular, literalmente uma montanha de materiais sem valor algum”, criticou Mota. “A importância do polo têxtil de Apucarana é inegável, e o programa de coleta de resíduos têxteis será retomado. Mas, antes, precisamos enfrentar esse problema."
(Com informações da Prefeitura de Apucarana)
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