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Luto

Jornalista e escritor Marcelo Oikawa morre aos 72 anos

Douglas Kuspiosz - especial Folha de Londrina
05 set 2023 às 16:24
- Arquivo pessoal
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O jornalista e escritor Marcelo Oikawa faleceu nesta terça-feira (5), aos 72 anos, em Curitiba. Figura emblemática do movimento estudantil londrinense, Oikawa é lembrado pelo bom gosto musical e capacidade de unir as pessoas. 


Na imprensa, trabalhou em veículos como Novo Jornal, Folha de Londrina e Panorama, além de ter sido correspondente do Jornal do Brasil. Enquanto escritor, publicou obras como “Porecatu: a Guerrilha que os Comunistas Esqueceram”, em 2011, "Fazimento de uma cidade", em 2017, e “Os Alquimistas de Curitiba”, em 2022. Ainda no ano passado, se aventurou pela poesia com “Marés – A Poesia Bissexta dos Paranaenses”, ao lado do jornalista Silvio Oricolli e do publicitário Rafael Monteiro. 

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O jornalista Nilson Monteiro conta que conheceu Marcelo ainda durante a adolescência, quando eles participavam da Ules (União Londrinense dos Estudantes Secundaristas). Mais tarde, na UEL (Universidade Estadual de Londrina), a atuação no movimento estudantil continuou - sobretudo com o jornal “Levanta, Sacode a POEIRA e dá a volta por cima”, um símbolo da resistência ao autoritarismo da ditadura militar. 

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E a amizade entre os dois acabou indo além dos bancos universitários, já que Marcelo é cunhado de Monteiro e padrinho do seu filho mais velho. Além dos almoços e jantares, a família costumava fazer viagens juntas. 

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“O jornalismo é a nossa vida, e ele sempre foi uma figura muito emblemática na nossa profissão. Emblemática em várias atividades, mas especialmente no jornalismo”, afirma Monteiro. “Ele foi importantíssimo para o movimento estudantil."


O médico Gilberto Martin, que é conselheiro geral da Alumni UEL (Associação de Ex-Alunos da UEL), diz que “Marcelo era um cara muito inteligente, com uma habilidade estratégica muito grande”, destacando sua militância enquanto estudante. 

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“O ‘Poeira’ nasceu como jornal, fora do DCE ainda, e acabou se tornando um ponto de aglutinação de estudantes e de discussão, debate sobre a realidade da universidade e do país”, afirma. 

Martins também destaca que Marcelo contribuiu para sua formação política. “Era um democrata e defendia que tínhamos que fazer a participação e a militância sempre ouvindo a base dos estudantes”, acrescenta. 

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'PARCEIROS COTIDIANOS'

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Outra companheira do “Poeira”, a jornalista Célia Souza destaca que entre 1970 e 1980 eles foram “parceiros quase que cotidianos”, enfrentando o difícil período ditatorial. Ela lembra que foi construído um trabalho coletivo no movimento estudantil da cidade. 

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“O mais importante pra mim, nesse período todo com o Marcelo, é a sua coragem, inteligência, determinação, uma boa dose de humor e poesia”, conta Souza. “A gente tinha uma máxima,  que era do Millôr Fernandes, que dizia: ‘a mordaça aumenta a mordacidade’. Nós conseguíamos lidar com as piores situações de uma forma bem humorada.”


A jornalista também ressalta que Oikawa era uma pessoa muito antenada no mundo musical. Frequentando a casa do jornalista, ela lembra de ouvir, em 1970, Maria Bethânia, Tom Jobim, os primeiros discos de Chico Buarque. “Tudo que saía, ele era muito atualizado e a gente estava cantando, ouvindo e se alimentando desse tipo de coisa.”

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O médico Marco Fabiani opina que Marcelo “tinha uma dimensão política em tudo que fazia”, e que “disciplina” era palavra frequente no vocabulário do jornalista. “Ele foi uma figura basilar na construção do ‘Poeira’, que foi um movimento importante, até hoje temos ressonância disso”, apontando a importância da obra sobre a Guerrilha de Porecatu. 


“Tinha uma questão que ele nunca perdeu de vista: o mais importante é a democracia, porque mesmo que você tenha posições mais à esquerda ou mais liberais, o solo comum tem que ser a democracia”, completa. 


OIKAWA DEIXA OBRA INACABADA. Leia mais na Folha de Londrina:

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Jornalista Marcelo Oikawa morre aos 72 anos
O jornalista e escritor Marcelo Oikawa faleceu nesta terça-feira (5), aos 72 anos, em Curitiba
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