O morador preso por cortar a corda de um trabalhador que estava na fachada do prédio em Curitiba ameaçou outros trabalhadores no mesmo dia.
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Funcionários disseram que sofreram ameaças de Raul Ferreira Pelegrin, de 42 anos. O homem teria dito que iria cortar todas as cordas de todos os prestadores de serviço, caso não se retirassem. As informações constam no boletim de ocorrência.
Um dos trabalhadores, que coordenava o serviço, pediu que os outros descessem imediatamente das cordas. Ele estava no telhado do prédio fazendo a supervisão quando viu o morador cortando uma das cordas e ouviu as ameaças.
DEFESA ALEGA QUE AUTOR TEM DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Advogado afirmou que Raul tem um 'histórico grave de dependência química' há pelo menos quatro anos. ''É um drama grave para toda família, que tem enfrentado essa doença que ele tem'', disse Beno Fraga Brandão durante a audiência de custódia, que ocorreu no dia 16 de março.
Pelegrin estaria sob influência de anfetamina e cocaína. Segundo os advogados, ele já esteve internado compulsoriamente em 2020.
Defesa pede que a Justiça autorize a internação do empresário. ''A manutenção da prisão só vai piorar a situação dele, ele já tem vaga aguardando ele, pela vontade dele ou não'', disse o advogado. A Polícia Civil solicitou um exame toxicológico, conforme mostrou o boletim de ocorrência.
O morador do 27º andar da cobertura, de 41 anos, cortou a corda que segurava um trabalhador. O caso ocorreu no dia 14 de março, mas foi divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Ministério Público do Paraná.
O prestador de serviço limpava a fachada do edifício suspenso em uma corda no momento. Ele estava no 6º andar e um dispositivo de segurança que usava impediu a queda.
O homem foi preso em flagrante e teve prisão preventiva decretada em seguida. Ele está sendo investigado por tentativa de homicídio com duas qualificadoras: uso de meio insidioso e de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele foi levado para a Cadeia Pública de Curitiba.
Funcionária do morador que mentiu para a polícia também foi presa. Em nota, a Polícia Civil do Paraná explicou que ela teria dito que o morador da cobertura não estaria dentro de casa. Ela foi ouvida e liberada em seguida.
"A equipe foi atendida pela funcionária do proprietário do apartamento que estaria realizando a limpeza do local. A mulher negou a entrada da equipe e dificultou a todo instante, colocando música alta no interior do mesmo e alegando que o dono não estaria no local, o que foi constato posteriormente que era falsa a alegação", diz o boletim de ocorrência.
O motivo do crime ainda é desconhecido, segundo o Ministério Público. O prédio está localizado na avenida Silva Jardim, no bairro Água Verde.