Em uma tentativa de dar resposta rápida em relação ao clima de tensão em colégios do Paraná devido aos ataques contra unidades escolares ocorridos em outros estados, o governador Ratinho Junior (PSD) anunciou nesta semana uma série de medidas que o Palácio Iguaçu espera implementar em curto prazo.
As iniciativas são majoritariamente baseadas em ações de segurança pública, mas duas delas têm como foco a saúde mental da comunidade escolar. Segundo o governo estadual, vai ser incrementado o atendimento psicológico remoto disponibilizado a educadores através de aplicativo.
Ao mesmo tempo, e de maneira presencial, a promessa inicial do Executivo é contratar 40 psicólogos para toda a rede do Paraná – uma média de um profissional para cada NRE (Núcleo Regional de Educação). Outros 200 acadêmicos dos anos finais de Psicologia serão chamados para fazerem visitas periódicas às unidades de ensino.
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Se o anúncio se tornar realidade, será o primeiro profissional do quadro do governo a trabalhar junto às instituições estaduais das 19 cidades abrangidas pelo NRE de Londrina, já que, conforme a própria chefe do órgão, Jéssica Pieri, atualmente não há nenhum psicólogo que preste esse serviço.
A solução de momento, segundo ela, são parcerias localizadas entre colégios e cursos de Psicologia para trazer universitários para o ambiente escolar. “Embora nós estejamos buscando resolver e pacificar essa situação, precisamos muito da ajuda dos pais. É hora de a gente se unir. Estamos vivendo uma pandemia cibernética”, acrescentou Pieri ao mencionar a ocorrência de boatos virtuais sobre falsos atentados em escolas de Londrina e da região.
SITUAÇÃO "CAÓTICA"
Quando se trata da rede municipal, o atendimento em saúde mental para estudantes, professores e demais educadores também está longe de fazer frente ao tamanho da demanda, de acordo com avaliação da promotora Susana de Lacerda, das áreas de educação e saúde do MP-PR (Ministério Público do Paraná) em Londrina.
Enquanto a Secretaria de Educação do município começou a contar com cinco psicólogos no início de 2022, hoje há outros três profissionais da saúde mental na Secretaria de Saúde, mas esse trio, conforme Lacerda, enfrenta uma situação “caótica”.
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