Localizada no extremo norte dos Campos Gerais, Arapoti manteve o posto de maior produtor de mel do Brasil, com um crescimento de 7% no volume de 2021 para 2022. É o que mostra a Pesquisa da Pecuária Municipal, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A produção de mel no município subiu de 925,6 para 991,7 toneladas em um ano, conforme aponta a pesquisa. Em 2022, o VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) do mel em Arapoti ultrapassou os R$ 13 milhões, segundo relatório do Deral (Departamento de Economia Rural).
Danilo Augusto Scharr, engenheiro agrônomo do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), explica que três fatores importantes contribuem para a produção de mel em Arapoti.
Leia mais:
No Paraná, Prudentópolis ganha Caminho de São Miguel Arcanjo com 16 igrejas ucranianas
Regional de Saúde de Londrina continua a liderar casos de dengue no Paraná, com 936
Abastecimento de água em Londrina e Cambé deve ser normalizado até à noite
Simplificação de licenciamento ambiental causa polêmica no Paraná
“Ampla área de reflorestamento de eucalipto no município, presença de uma espécie nativa arbórea (capixingui) que possui grande potencial apícola e a proximidade com os pomares de laranja no Estado de São Paulo”, lista.
Ele explica que os apicultores em Arapoti têm a oportunidade de produzir mel em três safras distintas a cada ano.
“No início do ano temos a florada do eucalipto. Em seguida, logo após o inverno, os produtores migram seus apiários para o Estado de São Paulo com o objetivo de produzir mel utilizando a flor dos pomares de laranjas do estado vizinho. Mais próximo do final do ano, esses apiários retornam para o município visando a produção de mel da flor da capixingui”, detalha.
O engenheiro agrônomo acrescenta que há casos de produtores de Arapoti que estão migrando seus apiários para os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, com foco na produção de mel proveniente da flor do cipó-uva.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: