Um adolescente cheio de sonhos, religioso e carinhoso com a família. Assim Luan Augusto, de 16 anos, sempre será lembrado pelo avô. “Além de trabalhar comigo na empresa de fotografia, erámos parceiros e amigos. Toda hora estávamos juntos, um falava para o outro: ‘Deus te abençoe’. Vai ser difícil para mim. Ele chegava na empresa e abraçava a avó, perguntava se o dia dela estava bom”, relatou o fotógrafo Valdomiro Augusto da Silva.
Luan foi uma das vítimas do atirador de 21 anos, que na manhã de segunda-feira (19) promoveu um ataque no colégio estadual professora Helena Kolody, na área central de Cambé (Região Metropolitana de Londrina). Ele estudava na instituição e foi ferido com dois tiros, um na cabeça. O adolescente foi socorrido inicialmente na Santa Casa da cidade e depois transferido para o HU (Hospital Universitário) de Londrina.
“Durante a madrugada desta terça-feira (20) houve a instabilização do quadro, que já era gravíssimo e estava em uso de drogas em doses altas. Houve parada cardiorrespiratória, as equipes tentaram reanimação por quase 30 minutos, mas, infelizmente, sem sucesso”, explicou o médico Alcindo Cerci Neto, diretor Clínico do Hospital Universitário. A família aceitou a doação das córneas.
Além de Luan, a namorada dele, Karoline Alves, de 17 anos, também morreu. O casal estava junto há cerca de um ano e não tinha qualquer tipo de relação com o assassino, que disse em depoimento à Polícia Civil que cometeu o crime como vingança pelo bullyng que supostamente sofria na época em que era estudante da unidade, há nove anos.
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