Pesquisar

ANUNCIE

Sua marca no Bonde

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
ESTAVAM SEM AULAS

Aldeia do Apucaraninha sofre com problemas no abastecimento de água há dois meses

Lucas Giroto - Estagiário*
12 nov 2025 às 18:18

Compartilhar notícia

Foto: Sesai
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Há mais de dois meses a população da aladeia-sede do Apucaraninha, em Tamarana (Região Metropolitana de Londrina) sofre com a falta de abastecimento regular de água potável. O poço artesiano que abastece a localidade foi desativado após uma série de falhas técnicas. Com isso, os moradores passaram a utilizar a água de açude para tarefas diárias, como limpeza doméstica e higiene pessoal.

Receba nossas notícias NO CELULAR

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp.
Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.
Publicidade
Publicidade


Para beber e cozinhar, a água potável é fornecida mensalmente por um caminhão-pipa da prefeitura, que abastece a caixa-d’água da escola — com capacidade de apenas 5 mil litros, que serve toda a população. Aproximadamente 800 pessoas são afetadas pela situação.


Com cerca de 30 anos de uso e 95 metros de profundidade, o poço artesiano já apresentava sinais de esgotamento. Segundo o conselheiro da aldeia, Ivan Kaingang, a intenção era continuar realizando a manutenção da bomba. No entanto, com o rebaixamento do nível de água, não há mais como extrair o recurso, o que torna necessária a perfuração de um novo poço.

Publicidade


“Como estamos em uma região alta, não conseguimos ter acesso aos rios que ficam nas baixadas. Por isso, o poço é nossa única fonte de abastecimento. Pensamos que poderíamos prevenir esse problema, mas não conseguimos. O pessoal da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) verificou a situação e percebeu que o sistema estava no limite — acho que até alguns canos caíram no fundo. A ideia agora é perfurar um novo poço”, explica.


As aldeias que compartilham o território com a sede — Água Branca, Barreira e Serrinha — têm servido como fonte provisória de abastecimento.

Publicidade


AULAS SUSPENSAS


Outro impacto é sentido na rotina dos alunos do Colégio Estadual Indígena Benedito Rokag. Com as aulas suspensas, duas vezes por semana os estudantes recebiam atividades e eram acompanhados por professores e pedagogos.

Publicidade


Em nota, a Seed-PR (Secretaria de Educação) informou que a aulas já foram retomadas e que acompanha de perto a situação. Segundo o órgão, representantes do Núcleo Regional de Educação se reuniram com lideres da região para discutir o problema. A Seed também confirmou que a Sesai realiza a instalação de novas bombas e que, até a conclusão do serviço, o abastecimento da escola ocorre por meio de galões de água.

Publicidade


URGÊNCIA NA SOLUÇÃO


As lideranças indígenas articulam-se com parceiros do poder público e da sociedade civil para obter o financiamento necessário para a perfuração da nova fonte. Na tentativa de agilizar o processo e reduzir a burocracia, o conselheiro afirma que a meta é solucionar o problema ainda em novembro.

Publicidade


“Estamos no limite. O poço precisa ser perfurado ainda este mês. Realizamos uma reunião hoje (nesta terça, 11) e planejamos contratar uma empresa para executar o serviço. Pesquisei os preços e não é algo exorbitante. Nosso foco é agilizar o processo e resolver o problema”, enfatiza.

Foto: Sesai


Publicidade

BLOQUEIO CONTRATUAL


Questionado sobre a situação do Apucaraninha, o coordenador distrital da Sesai, Luiz Carlos Kog te Salles Batarse, explicou os detalhes técnicos do problema e as possíveis soluções. Segundo ele, o contrato vigente prevê apenas a manutenção e a substituição das bombas, excluindo a possibilidade de perfurar um novo poço.


“Durante a vistoria, nossos engenheiros identificaram a necessidade de substituição, e foi isso que fizemos. Entretanto, o pior aconteceu: a bomba caiu e causou uma erosão no solo. Após remover todos os destroços, fui notificado de que um novo poço deverá ser perfurado. O problema é que o contrato vigente me impede de solicitar o serviço”, justifica.


Devido ao bloqueio contratual, outras formas de financiamento público estão sendo buscadas para viabilizar a nova perfuração. Uma das alternativas é um acordo com deputados para destinar verba parlamentar a um contrato emergencial.


“Não posso dar certeza, mas participei hoje (terça, 11) de algumas reuniões com deputados e conseguimos uma garantia de 80% para realizar a perfuração. Se formos pela Sesai, enfrentaremos toda a morosidade da burocracia pública. Caso se confirme, essa será a verba mais imediata para resolvermos a situação de lá”, explica.


A previsão, segundo Batarse, é que o novo poço seja perfurado neste mês de novembro. “Ainda temos 20 dias pela frente; esta será minha missão”, afirma. “Queremos ajudá-los com recursos públicos, sabemos da urgência e da necessidade deles. Entendo a vontade de realizar a perfuração por conta própria — é natural querer resolver o quanto antes uma situação como essa”, conclui.


Foto: Sesai


* Sob supervisão de Guto Rocha - Editor do Portal Bonde

Cadastre-se em nossa newsletter


Atualizada às 15h desta quinta-feira (13).

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo

Portais

Anuncie

Outras empresas