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Companhias aéreas europeias e americanas suspendem voos para Israel

22 jul 2014 às 17:34

Companhias aéreas europeias e norte-americanas suspenderam hoje (22) temporariamente os voos comerciais para Israel, depois que um míssil disparado de Gaza atingiu os arredores do Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. "Uma casa sofreu estragos num ataque com míssil na região de Kiryat Ono Yedhu, a alguns quilômetros do aeroporto", confirmou um porta-voz policial.

A Air France e a alemã Lufthansa anunciaram o cancelamento de seus voos para ou provenientes de Israel, pouco após a Autoridade da Aviação Federal dos Estados Unidos ter proibido suas empresas aéreas de voar para aquele país durante 24 horas.


Israel está envolvido, desde o dia 8 deste mês, em um conflito com o movimento Hamas na Faixa de Gaza, no qual já morreram mais de 620 palestinos, na maioria civis.


A Lufthansa decidiu cancelar os voos para Tel Aviv por pelo menos 36 horas, em uma decisão que, segundo a edição digital do semanário Der Spiegel, afetará ainda as companhias Germanwings, Austrian Airlines e Swiss Airlines. A companhia alemã, que faz dez voos diários para Tel Aviv, partindo de Berlim, Frankfurt, Munique, Viena e Zurique, disse que o objetivo da medida é "garantir a segurança de passageiros e tripulações" devido a uma "situação instável".


A Air France informou que a decisão afetará seus três voos diários de Paris para Tel Aviv, três voos semanais que partem de Marselha e quatro semanais que saem de Nice. As linhas aéreas belgas também confirmaram o cancelamento de um voo, no final da tarde de hoje, e de três previstos para amanhã (23).


Procurada, a companhia portuguesa TAP informou que não faz voos para aquele destino.


Ao tomar conhecimento do cancelamento dos voos, o ministro israelense dos Transporte, Israel Katz, disse que não existe "qualquer razão" para tal decisão. Katz garantiu que as operações de pouso e decolagem no Aeroporto Ben Gurion "não representam qualquer problema".

O cancelamento dos voos para Israel havia sido recomendado às companhias europeias pela Agência Europeia de Segurança Aérea (Aesa), pouco depois de a Autoridade da Aviação Federal dos Estados Unidos ter proibido todas as companhias aéreas do país de voar para o pais por um período de 24 horas.


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