A Prefeitura de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) determinou o afastamento de um médico que se negou a dar um atestado de acompanhante para uma mulher que estava com o filho de cinco anos doente e que procurou atendimento para a criança na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Silvia Mantovani.
O caso aconteceu na noite de segunda-feira (20) e repercutiu nas redes sociais após a mãe gravar as falas do profissional de saúde.
No vídeo, o médico questiona a mulher se o garoto “oferece algum risco, se ele tem alguma dificuldade nutricional”. A mãe então justifica que o menino está “queimando em febre” e que não tem como deixá-lo sozinho.
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“A senhora vai deixar ele em casa neste período (de atestado para a criança). Qual o risco de deixar ele em casa sozinho?”, dispara o profissional. “Ele tem cinco anos”, sentencia a mãe.
De acordo com o prefeito da cidade, que convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre o caso, foi aberta uma sindicância para apurar a conduta do médico.
“Ele foi afastado para preservar os pacientes e foi aberta uma sindicância. Também vamos notificar o CRM (Conselho Regional de Medicina). A informação que chegou foi de que o atendimento para a criança foi dentro dos protocolos, porém, ele começou a dar palpite na vida da pessoa. Como alguém aconselha uma mãe a deixar um filho de cinco anos sozinho? Isso é descabido”, classificou Conrado Scheller.
O profissional não é concursado, mas atua na unidade por meio de um contrato que o município tem com o Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema).
“O Cismepar foi notificado na segunda-feira que não queremos esse médico nos nossos quadros até que tudo seja esclarecido. Será dado o direito de resposta para o médico, para que dê a versão dele, apesar que a filmagem é muita clara sobre o posicionamento inadequado”, ponderou.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: