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Relembre os casos

Violência em Londrina: organização faz retrospecto de feminicídios em 2024

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
16 jan 2025 às 17:54

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- Néias
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A organização sem fins lucrativos Néias - Observatório de Feminicídios de Londrina publicou nesta quinta-feira (16) uma análise sobre os cinco crimes do gênero consumados no município em 2024, sendo quatro deles somente nos dois últimos meses do ano. 


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Entre os casos citados, estão o assassinato da cabeleireira Cláudia da Luz Maceu, o da menina de 3 anos Ayla Neres, o de Cibele de Assis Santos, o de Dayane Rodrigues e o da jovem de 25 anos Raphaelle Proferis. Relembre os casos abaixo.

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Cláudio da Luz Maceu

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No início de 2024, o feminicídio da empresária e cabeleireira Cláudia da Luz Maceu comoveu Londrina. Seu então companheiro, Arthur Henrique Rockenbach, autor do crime, após matá-la a facadas enquanto dormia, tentou atear fogo na casa.


Rockenbach disse à polícia que matou Cláudia “por ciúmes”. Ele foi denunciado por feminicídio com as qualificadoras motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Cláudia tinha 45 anos e deixou três filhos. 

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Ayla Neres


A menina Ayla Neres, de apenas três anos, foi morta pelo próprio pai, Diego de Souza, no dia 23 de dezembro. Ele também atentou contra a mãe da criança, Cristina, que sobreviveu.

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Em depoimento, o homem afirmou que primeiro atirou na filha e depois na ex-companheira, que se fingiu de morta para que o ataque não continuasse. Diego foi indiciado por feminicídio contra Ayla, feminicídio tentado contra a ex-companheira, além de porte ilegal de arma e resistência à prisão.


Cibele de Assis Santos

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Em novembro, outra mulher foi vitimada. Cibele de Assis Santos morreu após atentado a tiros do ex-genro, Diego Pereira Granada, no dia 30. Ele planejava matar a filha de Cibele, sua ex-companheira, mas a mãe interferiu na briga. 


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Cibele, que tinha 45 anos, chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu. Diego deve responder por feminicídio e porte ilegal de arma, além de violação de medidas protetivas.


Dayane Rodrigues

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No dia 5 de dezembro, Renan Abra Pereira esfaqueou sua companheira, Dayane Rodrigues, de 35 anos, dentro de casa. Em depoimento, ele afirmou ter filmado a mulher já morta com o celular da própria vítima. 


O autor do feminicídio também cometeu uma tentativa de homicídio no mesmo dia, contra outro homem. O casal tinha um filho de 10 anos que estava na escola no momento do atentado.


Raphaelle Proferis


No último dia do ano, o corpo de Raphaelle Proferis, de 25 anos, foi encontrado no apartamento onde ela vivia com o então companheiro, Guilherme Sella. Raphaelle estava com o rosto desfigurado. 


Guilherme foi preso pelo crime e indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver, já que a polícia suspeita que ele tenha cometido o crime dias antes, em 26 de dezembro, e abandonado o corpo da jovem no apartamento fechado. 


Mulheres como alvo


O Néias também publicou uma carta às mulheres de Londrina. Confira:

"Todas somos alvo: filhas, ex-conviventes, companheiras. As variadas faces da violência feminicida se abateram sobre Londrina em 2024. Como mulheres, não podemos terminar relacionamentos em segurança, não podemos confiar em quem se deita ao nosso lado, sequer conseguimos garantir a segurança de quem amamos, como nossas filhas e mães. Clamamos por políticas públicas eficazes que consigam garantir nossa segurança e nos manter vivas. Nesse cenário de escalada da violência, nenhum retrocesso, como o fim da Secretaria de Políticas para as Mulheres, pode ser pensado. Com políticas públicas sólidas, ansiamos pelas mudanças culturais urgentes capazes de transformar a sociedade em um lugar seguro para meninas e mulheres."


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