Um dos policiais suspeitos de participar da chacina ocorrida no final da janeiro
em Londrina foi solto da prisão após o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) conceder habeas corpus nesta quarta-feira (15). A decisão é do desembargador Miguel Kfouri Neto.
Segundo o advogado de defesa dos PMs, Cláudio Dalledone Junior, o magistrado entendeu que não "há elementos que atribuem robustez" para manter a prorrogação da prisão temporária, proferida pela juíza Elizabeth Khater, da 1ª Vara Criminal de Londrina na última semana.
"Isso vem ao encontro exato daquilo que eu já vinha sustentando desde o início da causa. É um devaneio acusatório por parte do delegado, que desprezou outras importantes linhas de investigação e escolheu os policiais militares como alvo para tentar comprovar as acusações", defendeu.
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No dia 16 de maio, o Poder Judiciário havia negado o pedido de revogação da prisão de um dos soldados detidos na operação. O TJ deve analisar, ainda nesta semana, novo habeas corpus em favor de outros quatro policiais supostamente envolvidos.
As prisões ocorreram no começo de maio, durante mega operação deflagrada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e Corregedoria da Polícia Militar. De acordo com as investigações, o grupo teria participado da série de assassinatos ocorrida no dia 30 de janeiro, logo após a morte de policial militar Cristiano Bottino, de 33 anos. Ele voltava para casa quando foi alvejado e morto. Naquela madrugada, 12 pessoas morreram e 15 ficaram feridas.