Uma família da zona leste de Londrina está angustiada pelo sumiço de Lucas Jhones da Cruz de Lima. Ele, que em outubro completou 34 anos, saiu de casa por volta das 17h do dia 3 de setembro em um possível estado de surto e nunca mais voltou. Desde então, só restam a tristeza e a incessante procura para os familiares.
Lucas nunca apresentou qualquer sintoma de doenças psicológicas e não tinha vícios. De acordo com a irmã Stefani Lima, ele trabalhava até pouco tempo, quando foi demitido do Ceasa (Centrais de Abastecimento do Paraná).
O rapaz se preparava para realizar um dos muitos sonhos que possuía: pilotar a moto nova que tinha comprado. A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) também já estava sendo tirada. Os planos que Lucas deixou para trás geraram ainda mais confusão na irmã, que relatou à reportagem não ter assimilado o desaparecimento ocorrido sem qualquer sinal prévio.
"Minha mãe me disse que, no dia, na hora do almoço, ele comentou com ela que estava passando mal, mas foi para o quarto dele e ficou lá. Minha mãe foi para o fundo da casa lavar roupa, aí mais tarde foi chamar ele [sic] no quarto e ele já não estava lá. Deixou tudo: documentos, moto, bicicleta... até descalço ele saiu."
Após procurarem por toda a região, a irmã Stefani, a mãe e uma outra irmã de Lucas foram à Delegacia Cidadã de Londrina para registrar o BO (Boletim de Ocorrência). A partir de então, a polícia investiga o caso.
Denúncias falsas e extorsão
Tendo que lidar com o sofrimento pela ausência de Lucas, a família ainda enfrenta outro problema. Desde que as buscas começaram, diversas pessoas estão ligando nos telefones indicados para dar informações falsas e pedir dinheiro. "Faço um apelo para as pessoas pararem de mandar notícias falsas. Fomos até ameaçadas. Eu até parei de pôr o meu celular [nos cartazes], porque estava complicado", disse Stefani.
A empresária relatou que o caso estava sendo investigado como desaparecimento, mas uma denúncia mudou toda a tática. "Fizeram uma denúncia de que ele estaria em uma mata. Por isso, agora, está com a Delegacia de Homicídios. Fizeram três buscas no local com cachorros, mas não encontraram nada."
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da PCPR (Polícia Civil do Paraná) para saber das investigações. Segundo a nota, o desaparecimento está a cargo da Delegacia de Homicídios e a "equipe policial está empreendendo todas as diligências cabíveis a fim de encontrá-lo".
A PCPR também soliciou a colaboração da população com informações que auxiliem na localização da vítima. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos números 197 ou diretamente à equipe de investigação.
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