O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta segunda-feira (25) do lançamento de 866 novas moradias populares em Londrina, na região Norte. Esse é o primeiro passo para dar início às obras do Residencial Bem Viver, programadas para daqui a 60 a 90 dias. O investimento no projeto é de R$ 115,2 milhões.
O empreendimento faz parte de uma política habitacional do governo do Estado, que atenderá todas as camadas sociais. "É um dia de alegria para Londrina e para o Paraná. É um investimento que está dentro do programa habitacional do Estado”, afirmou Ratinho Junior. "Em Londrina será um bairro planejado, pensado para lazer, mobilidade, e que vai atender pessoas que têm condições de pagar alguma prestação. A Cohapar, do outro lado, está dando as casas para pessoas que não conseguem pagar nada, além dos conjuntos habitacionais para idosos com aluguel social”, acrescentou o governador Ratinho Junior.
O empreendimento, que começa a ser comercializado agora, é o primeiro da Construtora Pacaembu, uma das maiores do País, no Paraná. O Governo do Estado, por meio da Cohapar, auxiliará o projeto com assessoramento técnico dentro do programa Casa Fácil, o que reduzirá os custos das casas. Serão gerados dois mil postos de trabalho diretos e indiretos.
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"A Pacaembu é uma empresa reconhecida em todo o País e que até então não investia no Paraná. Há dois anos fizemos uma apresentação do potencial para os maiores investidores na área habitacional e esse lançamento é resultado desse trabalho. E são bairros planejados, com toda a infraestrutura necessária”.
Segundo o governador, esse é o primeiro projeto da Pacaembu em Londrina. Ao todo serão construídas mais de 1.400 casas nos próximos anos em dois residenciais, todas voltadas a famílias com renda mensal de até R$ 1.600,00. Além disso, a construtora projeta investimentos em Arapongas, Ponta Grossa, Cambé, Maringá e Cascavel ainda neste ano. "Estamos desenvolvendo uma política habitacional que atenda todas as camadas sociais. Em Londrina será um bairro planejado, pensado para lazer, mobilidade, e que vai atender pessoas que têm condições de pagar alguma prestação. A Cohapar, do outro lado, está dando as casas para pessoas que não conseguem pagar nada, além dos conjuntos habitacionais para idosos com aluguel social”, acrescentou o governador Ratinho Junior. "A casa própria é o grande sonho de qualquer família. Os paranaenses merecem alcançar seu próprio patrimônio”.
Segundo o vice-presidente da Pacaembu, Victor Almeida, o Paraná é um Estado aberto a investimentos privados e conta com equipes técnicas que auxiliaram a empresa a construir o projeto de maneira mais célere. A construtora já criou 130 bairros panejados em 40 cidades de Goiás e São Paulo e tem um plano de expansão para outros entes federativos. Foram 61 mil empreendimentos comercializados em 29 anos de história.
"O Paraná é um Estado interessado nessas parcerias com o setor privado. E Londrina se assemelha muito ao perfil de cidades que atendemos. Nossa especialidade é trabalhar com casas para essa faixa de renda, sem taxa de condomínio e com possibilidade de ampliação”, disse Almeida. "Queremos construir uma história longa e duradoura por aqui. O Paraná tem economia forte, bons indicadores de desenvolvimento e a vontade de empreender junto com a iniciativa privada”.
PARCERIA – O projeto habitacional será financiado pela Caixa Econômica Federal com recursos do FGTS. A participação da Cohapar envolve as questões técnicas estruturais, dentro do Chamamento Público aberto pela companhia a construtoras interessadas na construção de casas populares em todo o Paraná, possibilidade que permite auxiliar empreendimentos privados para diminuir o déficit habitacional do Estado e melhorar o acesso da primeira moradia.
Também está em avaliação a participação da Copel e Sanepar na forma de contrapartida para redução dos custos de financiamento. Isso pode ser feito com o firmamento de um convênio via Cohapar para o repasse de materiais utilizados na instalação das redes de água e esgoto, bem como nos serviços de ligação das redes de energia elétrica e ligações individuais das residências.
"Esse é um modelo essencial dentro desse grande programa habitacional que estamos desenvolvendo. O Governo do Estado firma uma parceria com a iniciativa privada e o governo federal, que entra com o financiamento. Nossa ajuda reduz os custos de construção e diminui o valor final da residência”, afirmou o diretor-presidente da Cohapar, Jorge Lange. "Essa fórmula dará muito frutos ao Estado porque permite atração de grandes construtoras, obras rápidas e com custo acessível para fazer com que o sonho da casa própria chegue a mais pessoas”.
Segundo o secretário nacional de Habitação, Alfredo Eduardo dos Santos, esse empreendimento é a materialização da construção coletiva, com redução da burocracia e atendimento mais célere das necessidades locais. "Esse projeto é um exemplo da melhoria da legislação do programa Casa Verde e Amarela, de redução da taxa de juros para famílias de mais baixa renda. Com ele vamos na base da pirâmide social”, afirmou.
O secretário também destacou que a parceria com a iniciativa privada ajuda a chamada "industrialização da construção civil”. "Nossos projetos ainda são muito manuais. Queremos entregar casas mais rápido. A Pacaembu já busca tecnologia para reduzir prazos, com parte do acabamento na modelagem das indústrias de automóveis, com mais conexões e moldes prontos. Essa parceria representa muito do que o País espera de uma política social”, afirmou Santos.
A Prefeitura de Londrina também é parceira institucional do projeto, por meio da Cohab Londrina. As famílias já cadastradas no órgão vão receber um comunicado sobre a comercialização das unidades, para que possam atualizar seus dados cadastrais e manifestar interesse. "Esse empreendimento é parte de um bom momento de chegada de investimentos privados na cidade. Cada emprego na construção de casas gera 2,5 empregos na estrutura colaborativa. E estamos falando de quase duas mil contratações. É como se estivéssemos anunciando uma indústria de grande porte”, destacou o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati.
EMPREENDIMENTO – O Residencial Bem Viver ficará localizado na esquina da Avenida Bento Amaral Monteiro com a Rua Silvério Plagia, na Gleba Jacutinga, região Noroeste da cidade. O empreendimento está localizado próximo de supermercados, escolas, um hospital e uma Unidade Básica de Saúde (UBS), garantindo o acesso dos futuros moradores aos serviços públicos e privados, dentro das condicionantes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os imóveis terão 46,27 metros quadrados de área construída de forma não geminada, ou seja, em lotes isolados, cujos terrenos terão, em média, 160 metros quadrados. A planta está dividida em dois quartos, sala de estar e jantar integradas, cozinha, banheiro e área de serviço, em projetos que permitem ampliações futuras pelos proprietários.
O conjunto residencial será feito de forma totalmente planejada e contará com espaços comuns de lazer e convivência, como ciclovia, pista de patins, playground, academia ao ar livre e horta, em ruas arborizadas e com acessibilidade nas calçadas. A expectativa, com o início da comercialização, é de entrega das casas em até 24 meses.
Quem tiver interesse em adquirir uma das unidades deve se cadastrar no site do empreendimento para participar da comercialização. O preço inicial é R$ 127.990,00, com possibilidade de parcelamento a partir de R$ 360,00 por mês. Também é possível obter mais detalhes e agendar o atendimento pelo telefone (43) 3771-0352. O estande da Pacaembu em Londrina fica na Avenida Saul Elkind, 1470, no Conjunto Vivi Xavier.
CASA FÁCIL – Criado como uma iniciativa de gestão, o Casa Fácil Paraná ganhou novo status com a aprovação, em 2020, da Lei Estadual 20.394. A nova legislação, de iniciativa do Poder Executivo, consolidou o programa como uma política permanente de Estado. Com isso, o número de moradias populares entregues, que já havia dobrado de 2019 para 2020, deve continuar a ser ampliado nos próximos anos.
O principal objetivo é fomentar a produção e aquisição de novas unidades habitacionais, requalificação, ampliação ou reformas de imóveis urbanos e rurais, regularização fundiária e urbanização. A lei determina que as ações serão desenvolvidas exclusivamente para famílias com renda mensal de até dez salários mínimos nacionais, com prioridades ao público com renda de até três salários mínimos mensais.
Observada a disponibilidade orçamentária e financeira, o Estado do Paraná, através do Casa Fácil, poderá conceder subvenção ao beneficiário final; viabilizar a realização de serviços de infraestrutura que reduzam o custo de produção das casas e o valor a ser pago pelas famílias beneficiadas; viabilizar a compra ou o financiamento para aquisição de áreas; caucionar os financiamentos do agente financeiro, quando for o caso; e oferecer garantias para captação de recursos privados e outras linhas de financiamento existentes.