Prédio histórico localizado na avenida Leste-Oeste de Londrina, o Motel Tijolinho deverá ser demolido em breve. A Prefeitura de Londrina liberou na quarta-feira (8) o alvará para colocar abaixo o imóvel, que está abandonado e se tornou um dos principais mocós da área central, reunindo muitos moradores em situação de rua e usuários de drogas.
O proprietário do prédio, que prefere não se identificar, afirma que o excesso de burocracia e a falta de vontade do poder público acabaram emperrando a demolição. Com a autorização da Prefeitura, caberá ao dono derrubar a estrutura, que nos últimos meses foi alvo de operações da PM (Polícia Militar) e da GM (Guarda Municipal).
Ele afirma que ainda está em fase de “estudos de projetos” sobre o futuro do espaço, e garante que a demora para a liberação do alvará vinha sendo um problema. “O atual prefeito [Tiago Amaral] foi muito sensível com a situação, que é ruim para mim e para a cidade, um problema social e criminal na região”, diz o proprietário, que ressalta que os “entraves burocráticos” estavam impedindo que ele tivesse a propriedade plena do imóvel, adquirido há cerca de dois anos.
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Em dezembro de 2024, ainda durante a gestão Marcelo Belinati (PP), a Prefeitura havia dito que aguardava a entrega da certidão de baixa das dívidas para liberar a demolição.
Por outro lado, o proprietário argumenta que essa interpretação é “errônea” e evidencia a má vontade do poder público em resolver a situação. “Quando se adquire o imóvel através de arrematação judicial, trata-se de aquisição originária, onde o valor pago em leilão é destinado aos credores”, acrescenta.
O prefeito Tiago Amaral (PSD) anunciou na quarta, em suas redes sociais, que a ordem de demolição estava pronta. “Isso estava na Prefeitura há algum tempo e pedimos uma força-tarefa para resolver esse emblemático ponto de drogas, que infelizmente era local de cometimento de crimes, perturbação da ordem, mas isso é coisa do passado”, disse o prefeito, adiantando que o projeto do dono é fazer um “belo empreendimento” no local.
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