Londrina registrou, no primeiro semestre de 2025, uma redução no número de empresas locais participando de licitações da Prefeitura. O cenário, aliado a rumores de que o programa Compra Londrina estaria passando por alterações, despertou preocupação de empresários londrinenses, que defendem a ampliação da iniciativa.
De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão Pública, entre janeiro e junho de 2025, as compras com empresas locais somaram R$ 20,9 milhões, o equivalente a 13,2% do total movimentado pelo município, de pouco mais de R$ 158 milhões.
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O percentual está abaixo dos seis primeiros meses de 2024 (R$ 80,3 milhões) e de 2023 (R$ 55,9 milhões), quando a participação de empresas londrinenses foi da ordem de 27% nos negócios da Prefeitura. Também houve redução no valor global das licitações, incluindo empresas de fora: foram R$ 202 milhões no primeiro semestre de 2023 e R$ 288 milhões em 2024.
Neste ano, 96 empresas fizeram negócios com o município, sendo que quase 90% são micro e pequenas, o que evidencia o potencial do programa, adotado pela Prefeitura de Londrina em 2017 em parceria com o setor produtivo. Esse percentual também foi observado nos dois anos anteriores.
'Adequações e problemas'
Em entrevista à FOLHA, o secretário municipal de Gestão Pública, Sergio Willian da Costa Becher, reconhece as dificuldades nos últimos meses, mas garante a continuidade – e a ampliação – do programa.
“No primeiro semestre, tivemos algumas adequações e problemas, principalmente no trâmite de licitações presenciais, pois elas exigem um espaço físico para a realização do certame. No prédio da Prefeitura, estávamos com uma dificuldade porque apenas uma sala era utilizada pelo setor de licitações, em conjunto com outras secretarias. Isso prejudicou bastante o agendamento desses pregões presenciais e acabou ocorrendo um represamento no trâmite desses processos”, explica Becher, que não vê prejuízos com a mudança de local para a realização dos pregões. “Não houve em nenhum momento interrupção do atendimento. O que ocorreu, na prática, foi uma troca de local.”
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