Foi preso nesta sexta-feira (23) em Londrina o policial militar do 30º BPM (Batalhão da Polícia Militar) Gerson Kroker, de 42 anos, condenado a 12 anos de prisão em 1ª instância, em outubro de 2023, pelo crime de homicídio qualificado contra Nelson Júnior Militão Moura, de 29 anos, conhecido como "Porquinho", morador do jardim São Jorge (Zona Norte). A prisão foi coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e teve o apoio da Corregedoria-Geral da PM.
De acordo com os autos do processo, o homicídio ocorreu em 27 de março de 2018, por volta das 14h30, dentro de uma residência. Kroker foi um dos denunciados pelo crime, junto com outro PM. Os dois foram acusados de homicídio com dificultação de defesa da vítima. Moura recebeu dois tiros, um deles pelas costas.
Nesses 1 ano e sete meses após a condenação, o PM recebeu o aval para recorrer em liberdade. O outro policial que participou da abordagem foi absolvido.
Em novembro de 2018, o MPPR (Ministério Público do Paraná) pediu medidas cautelares em vez de prisão preventiva, considerando a gravidade do crime e o fato de os acusados serem policiais militares, o que foi acatado pela juíza Elisabeth Khater, da 1ª Vara Criminal e Presidente do Tribunal do Júri de Londrina.
Com as medidas, os policiais tiveram a suspensão do porte de armas, com recolhimento determinado ao comando da PM; suspensão parcial da função de policial militar, proibindo o exercício de policiamento ostensivo e permitindo apenas atividades administrativas internas; proibição de contato com familiares da vítima, testemunhas e informantes; comparecimento mensal à Vara Criminal, para informar a situação e atividades praticadas.
A PM, em nota, confirmou a prisão sem divulgar o nome do agente, mas ressaltou que "reafirma seu compromisso com a legalidade, moralidade e transparência, colaborando de maneira direta por meio de sua Corregedoria, para identificar e reprimir condutas indevidas praticadas por seus integrantes". Entretanto, a identidade de Kroker foi confirmada pela reportagem nesta segunda-feira (26) por meio da assessoria de imprensa do MPPR. A PM também esclareceu que o policial não será exonerado até que "terminadas todas as instâncias criminais, quando não cabe mais recurso à parte acusada".
O advogado Silvio Arcuri, que fazia a defesa do condenado, foi procurado, mas afirmou que não representa mais o policial. A reportagem tenta contato com a atual defesa.
Leia também:
Gaeco cumpre mais de cem mandados judiciais no Paraná, São Paulo e Santa Catarina
O núcleo de Curitiba do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou nesta segunda-feira (26) a Ope