Crianças de 10 e 11 anos foram vacinadas contra a dengue neste sábado (2), o Dia D, em Londrina. As vacinas foram aplicadas no Boulevard Londrina Shopping durante toda a tarde. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, foram aplicadas 115 vacinas nesta ação, sendo 48 em crianças de 10 anos, e 67 em crianças de 11. Até o momento, Londrina registra 3.235 doses aplicadas. No entanto, é preciso aumentar ainda mais o alcance da vacinação entre as crianças. A cidade foi a primeira do Paraná a iniciar a vacinação contra a dengue.
Lembrando que o Município recebeu 13.204 doses da vacina, que corresponde a toda a população londrinense nessa faixa etária, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O imunizante Qdenga é produzido pela farmacêutica Takeda, e tem o protocolo de aplicação em duas doses, com intervalo de 90 dias entre a primeira e a segunda dose. É indicado que a pessoa que contraiu dengue aguarde seis meses para a aplicação da primeira dose da vacina, e, no caso de infecção pelo vírus da dengue entre a aplicação da primeira e da segunda dose da vacina, o intervalo passa de 90 para 120 dias entre as doses.
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DIA D EM LONDRINA
A vacinação no sábado começou às 14h com uma fila de pais e crianças ansiosos. Apesar do medo, a maioria das crianças entendeu a importância da proteção contra a dengue. A zeladora Tereza Castro, 48, levou a filha Maria Clara Castro, de 10 anos, para receber a primeira dose do imunizante. Segundo ela, a iniciativa de realizar a campanha no shopping é uma boa sacada, ainda mais durante toda a tarde, já que muitos pais não conseguem levar os filhos durante a semana nos postos de saúde.
Ela conta que pegou dengue em janeiro e que "quase morreu" e, por isso, acha fundamental que a filha receba a vacina e esteja protegida. "Eu acho que tinha que ter para os adultos também porque é uma coisa que está alastrada, [a situação] está feia", opina, completando que os principais sintomas que teve foram a febre e a dor de cabeça que nunca ia embora. "Fiquei um mês inteiro ruim e fui até mandada embora do serviço por isso", afirma, citando que foram 12 dias de atestado.
Elogiando a ação, ela sugeriu que o mutirão fosse realizado todos os finais de semana, sendo cada dia em um shopping diferente para facilitar a locomoção das pessoas.
A animação da mãe também é compartilhada por Maria Clara, que garante que está ansiosa para tomar a vacina para prevenir a doença. "Eu não ligo [para a picadinha da vacina], não acontece nada [de dor]", afirma confiante.
Acompanhando o filho, Luiz Otávio Massambani, de 11 anos, a tutora eletrônica Romilda Massambani, 50, garante que é importante buscar a vacina por conta do número alarmante de casos de dengue. "Ainda mais para eles que são crianças porque [a doença] debilita mais e é uma dor insuportável", ressalta, acrescentando que ficou doente em 2019 e que as cores no corpo eram como se um "trator estivesse passado por cima".
Durante o dia, ela conta que não tem tempo de ir até uma UBS (Unidade Básica de Saúde), então a ação no shopping facilita, além de que a família já pode aproveitar para fazer um passeio. "Já sai um pouco de casa e já toma a vacina", conta. (Com informações da repórter Jessica Sabbadini)
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