Faleceu na manhã deste sábado (10) em Londrina, o fotógrafo Bento Celso Ferraz Pacheco, o Celso Pacheco, aos 59 anos. Na última quarta-feira (7), Pacheco estava fotografando quando sofreu uma queda e foi encaminhado ao hospital. Infelizmente, não resistiu e morreu na manhã deste sábado (10).
A reportagem entrou em contato com a Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina) e foi informada de que houve o procedimento de doação de córneas até o período da tarde. O falecimento foi comunicado às 6h20.
"Ele tinha muita vida para morrer", disse o jornalista Marquinho Freire Gomes, amigo há 30 anos de Celso Pacheco. "Grande tomador de café, dono de casa mais organizado do mundo, um grande cozinheiro. Ele sempre foi muito chique. Uma elegância fora do comum."
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Sobre o acidente, Gomes contou à reportagem que o fotógrafo se afastou para enquadrar a foto. O fotógrafo está sempre com muito peso e isso atrai a queda. Ele deu um último clique, um último passo. Foi hospitalizado, teve um edema. Ele se foi honrando seu ofício."
Para Gomes, o sorriso do Celso sempre foi muito presente. "O que sempre me chamou a atenção foi esse jeito de tocar a vida muito leve. Tocava o violão com força, mas levava uma vida leve. Ele sabia ler a cara do povo muito bem. Ele tinha muita facilidade, muita observação com a sensibilidade ainda mais apurada. Ele pagava a vida fazendo social, retrato, eventos de modo geral, mas como ele tem essa veia musical muito expressiva, ele gostava mesmo era de fotografar festivais, muito ballet ele fotografou para a Funcart, por exemplo."
Celso Pacheco foi fotógrafo do Filo (Festival Internacional de Londrina) por alguns anos, além de fotografar edições do Festival de Música de Londrina e estampar as paredes da Funcart (Fundação Cultura Artística) com imagens únicas.
O artesão e produtor Poka Marques, também amigo há mais de 30 anos de Celso Pacheco, afirmou que tem a impressão é que Celsinho - como ele o chamava - passou para desmentir a máxima do Nelson Rodrigues que dizia "toda unanimidade é burra". "Nesses mais de 30 anos de privilegiada convivência, eu nunca conheci uma única pessoa que tivesse tido uma treta com o Celsinho, uma única pessoa com que tivesse tido uma desavença."
Marques ressaltou que Celso sempre foi uma pessoa extremamente generosa em tudo que ele fez. "E ele carregou desde que o conheci há mais de 30 anos, o sorriso dele. É a marca que vai ficar! O Celsinho quando tocava violão, ele ria como ri uma criança brincando com seu brinquedo. Emoção muito forte. O cara era muito especial. Celsinho marcou a passagem dele por aqui."
Em Londrina, Celso Pacheco trabalhou na Folha de Londrina, Jornal de Londrina e Correio Londrinense. Fez trabalhos incríveis com a fotografia em vários pedacinhos do Brasil. O fotógrafo de Paraguaçu Paulista teve experiências em São Paulo e outros estados. Foram mais de 20 anos de trabalho com muitos sorrisos, viagens, comida boa e intensidade.
A música e a comida foram também muito presentes na trajetória alegre do fotógrafo. Nas redes sociais, os amigos o homenageiam com textos cheios de emoção e lembranças sobre momentos únicos em que Pacheco cantou e encantou com seu violão.
Deixa a esposa Bel.
O velório será na Capela 4 do Parque das Allamandas, neste domingo (11), às 6h. O sepultamento será às 16h, no Crematório Allamandas também no domingo.
(Mais informações em breve)