A Prefeitura de Londrina recebeu do Ministério da Saúde a certificação de eliminação da transmissão vertical do HIV. Isso significa que Londrina não registrou casos de transmissão do vírus de gestante soropositiva para o bebê, dentro do período de 2021 e 2022. Essa certificação é resultado da comprovação, junto ao Ministério, das boas práticas aplicadas pelo Município, incluindo indicadores de saúde e processos de trabalho. Todos os anos o município pode solicitar a renovação e, também, ampliar a certificação para as doenças de sífilis e hepatite B.
Os certificados foram entregues pelo Ministério da Saúde em cerimônia que ocorreu em Brasília, na última sexta-feira (29). Na ocasião, Londrina e outros 19 municípios foram contemplados com o certificado de eliminação da transmissão vertical do vírus HIV.
Durante o processo de avaliação, uma equipe do Ministério da Saúde esteve em Londrina para conferir os dados apresentados e visitar os serviços oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, onde conferiram os processos. Dentre os locais visitados estavam os serviços de assistência primária e os especializados, como o Centro Integrado de Doenças Infecciosas (CIDI), e o Hospital de Clínicas (HC), a Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, a Vigilância Epidemiológica e o serviço terciário do Hospital Universitário (HU) da UEL.
“Essa certificação reflete a qualidade da assistência em saúde prestada pelas nossas equipes às gestantes de Londrina. Eliminar a transmissão vertical do HIV é importante pois comprova o cuidado e acompanhamento que oferecemos ao longo da gestação, durante o parto e no período da amamentação. São cuidados essenciais, que garantimos às mulheres, e se repercutem em mais saúde para elas e seus bebês”, comemorou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
A assessora técnica da Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS, Cláudia Haggi Favero Monteiro, liderou o processo de certificação e fez parte da comitiva que representou Londrina na entrega do prêmio. “Significa muito para o Município conseguir essa certificação, que é o reconhecimento de todo um trabalho realizado pela rede de atenção à saúde. Uma rede que consegue garantir o acesso à consultas, medicamentos e acompanhamento, uma vigilância ativa, tudo isso impedindo a transmissão vertical do HIV de mãe para filho”, afirmou.
Erradicar a transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B, doença de Chagas e HTLV está entre as metas de eliminação estipuladas até 2030 pelo Governo Federal. Para 2025, a expectativa é solicitar à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) a certificação de país livre da transmissão vertical de HIV. O Brasil integra um grupo de países comprometidos, junto à organização, com a eliminação da transmissão vertical de infecções como problema de saúde pública.
A comitiva londrinense em Brasília também contou com a participação da enfermeira da Atenção Primária em Saúde da SMS, Priscila Alexandra Colmiran; da médica do Ambulatório Infantil de HIV do HU, Jaqueline Dario Capobiango; da assistente social do Ambulatório infantil de HIV do HU, Diovania Garcia, e da enfermeira do Ambulatório de HIV, Sandra Boni.